sejam bem- vindos!

12 de dezembro de 2012

continuação sobre shaabi

O mestre egípcio El Hosseny em seu workshop explicou que a dança Shaabi é o estilo de dança cotidiana dos centros urbanos. Shaabi é a dança folclórica das grandes cidades. Rindo, ele complementa: "aquela música que os motoristas de microônibus gostam de ouvir muito alto".
Até aqui, eu também achava que Shaabi era então apenas uma manifestação mais contemporânea do baladi, com músicas mais modernas, divertidas, que pediam uma interpretação mais teatral, condizente principalmente com a letra da música.

resumo sobre shaabi de suheil

Foi então que mestre Gamal Seif veio ao Brasil e entre outros cursos, deu uma palestra sobre o tema no Rio de Janeiro. Detalhe: palestra esta para a qual foram convidadas APENAS profiissionais e professoras da área.
Palestra? Por que não workshop? Porque segundo ele mesmo, "Shaabi não é algo que bailarinas devam levar para o palco."
Foi questionado então, se Shaabi seria o "funk da dança do ventre

"? E a resposta foi SIM.
Isso já gerou uma confusão danada!
Vamos abrir um parêntese aqui, lembrando que nem todo funk é cheio de palavrões, baixarias e afins. A origem (e status aqui) do funk é a música da periferia, a manifestação popular, sem riqueza musical ou refinamento mesmo. A música do baile popular.
Depois disso, outro de meus mestres, de outro continente, o argentino Amir Thaleb, que adooooooora um Shabii (ele termina as aulas profissionais na escola dele em Buenos Aires sempre dançando junto com a gente), veio ao Brasil e fez outra associação, com o brega mesmo, tipo Reginaldo Rossi.

Outro professor egípcio, com quem estudei em 2010, Mohamed Shahin, aplica coreografia no estilo, mas me lem
bro na época que TODAS comentamos e saímos muito confusas de suas aulas, devido a enorme semelhança com o baladi. E ele não explicou...

Eu particularmente me encantei com a alegria e a diversão que dançar Shaabi pode trazer para um grupo em fim de aula, para uma festa fechada de alunas, uma confraternização, qualquer coisa que tenha como princípio, a diversão. Mas concordo com Gamal; EU, particularmente, não estou preparada pra subir no palco e dançar assim em público. Numa festa pode ser, quem me conhece sabe do meu lado "palhaça", ainda mais se estiver rolando um bom vinho pra soltar as amarras... Rs... Quem atira a primeira pedra?
Separei alguns videos e espero que VOCÊS me digam então. E ai? A dança Shaabi (não o conceito (!) pois esse sim deve ser estudado!) é tema de estudo em workshop? Vamos levar Shaabi pro palco? O que vocês têm pra contribuir aqui?
Daí pra frente foi um longo percurso... Me deparei com conceitos que eu colocaria quase como descritivos. Exs.:
- "Sahaabi não tem refinamento"
- "As músicas falam desde amor até problemas políticos"
- "A mistura de instrumentos antigos e modernos caracterizam a música Shaabi"
- "Shaabi é o nosso "brega" do Egito"
- "Shaabi é um rótulo para o baladi da periferia"
e assim segue a carruagem...

minha opinião

gostaria de destacar um pequeno trecho de uma pesquisa
"sendo Fifi Abdo sua maior expressão, com sua dança solta, leve, porém "grudada" na terra, sem muita influência do ballet ou outras danças".
destaquei esse trecho porque é esse tipo de dança que eu amo,sem ballet,jazz e outras misturas,gosto da dança pura..e a marca da fifi está presente tbm na dança shaabi..essa é uma dança de pessoas de classes baixas como assim dizem, mais tbm não é uma dança despresada pelas famílias mais ricas do egito,quando se tem shaabi nos casamentos e festas não importa as classes todos dançam juntos..é muito linda a cultura e a dança egipcia..

aulas on line com isis zahara


sobre shaabi


    Chaabi 2 Chaabi significa "popular" no país árabe e árabe-muçulmano tem a sua própria música ou chaabiya Chaabi, ou seja, a sua própria música popular.
    Esta música está mais perto de aspirações populares e sempre desenvolve em áreas urbanas, em oposição à música clássica e osa mais educado aceitou oficialmente a religião.
    De acordo com o legado histórico e as populações específicas de cada país, esta música popular tem especificidades diferentes e cores regionais.
    Além disso, não o Chaabi deve ser confundida com a música popular, embora os artistas são inspirados por Chaabi herança folclórica de cada país.

    É em Marrocos, Argélia e Egito, onde este gênero se desenvolveu mais amplamente:
  • Música chaabi é mais popular em Marrocos. 'S A mais freqüentemente ouvido no rádio, o que é gravado em discos que proliferam em lojas e bancas de rua, tornando-se constantemente a ouvir o barulho das ruas mercado.
É uma música alegre e simples, muito parecido com Berber tradição e gnaua, a música vem das antigas cerimônias de escravos que passaram por guineenses Marrocos título para a América, misturando-se com todos os outros elementos árabes modernos.
Chaabi 6 Geralmente, as canções são muitas vezes onde um solista está constantemente respondida por um coro ou instrumento, quanto mais vezes um violino, que também fortemente fraseado, improvisação pode fazer excitante, tudo acompanhado por uma percussão típica alcançar uma taxa de som de baixo frenética e profunda ou sentir guimbri, sudaneses instrumento de origem que se assemelha a um baixo bruto produzido em madeira e couro, com três cordas de tripa. Além disso, não é incomum encontrar o som do oud, o alaúde árabe, e em anos recentes instrumentos mais modernos, como guitarras e sintetizadores.
Tradicionalmente, as canções chaabi começar com uma introdução lenta e exploração para alcançar uma rápida seção final, chamada leseb.
Podemos dizer que os fundadores do chaabi, entre os anos 50 e 60, e Zahir Hamid doukali seríanAbdelwahab ainda permanecem dois dos nomes mais populares.
Abdelwahab doukali é uma figura no mundo da arte marroquina eclético. Ao longo de sua carreira, ele cantou, fez teatro e cinema, tem pintado e compôs a música. Em 2001 ele foi premiado pelo governo marroquino, por sua contribuição à cultura e, especialmente, a música, Marrocos.

Durante os anos 70, diminuiu chaabi grupo eo som estava tão inspirado pela música indiana e dos Beatles como o pop egípcia. Três grupos, Nass El-Ghiwane, Jil Jilala e   Lem Chaheb, superou o tempo. Chaabi 1
Provável mais popular fora do Nass El-Ghiwane começou como um grupo de teatro de vanguarda política em Casablanca em 1971. As raízes fusão banda formada por cinco pessoas cantaram canções de transe hipnótico, mensagem Laden. Vocalista Boujmia criticou a poderosa e cantou exaltando os pobres. Desde sua morte, no início dos anos 8 0, o quarteto remanescente continuou com um forte sabor da música Gnawa Árabe-Africano em seu som.
Desde a década de 80, sem perder as raízes da tradição, tem sido poperizando chaabi. Os grupos mais jovens são incorporados à música atual ambos os elementos novos em suas mensagens que estão cheios de amor e problemas de relacionamento entre os jovens, bem como instrumentos elétricos. Além de televisão e gravação de vídeo e discos lançados tanto em Marrocos e na Europa, onde o recente álbum Muluk Casbah Hwa, apesar de ser um. Mais acústico e tradicional, já vendeu mais de 200.000 cópias na Espanha
Desta vez, também, podemos destacar o sucesso da Nayat Aatabou, uma mulher com estilo e cartas pessoais e de conteúdo social feminista; Khaled Benani, Faissal ou Jidwan Orquestra (Jedwane).

  • Na Argélia, o chaabi é um dos gêneros musicais mais populares, mas com uma música mais tradicional em moderno Marrocos porque a evolução se espalhou para a RAI, o mais ouvido para a música popular na Argélia hoje. Um dos precursores do argelino chaabi, pode ser encontrado em El Hadj El Anka canção mestre morreu em 1978 em Argel.
Chaabi 4 Os argelinos mix chaabi instrumentos cultura com outro árabe-andalucí da música clássica ocidental. Assim, podemos encontrar instrumentos de percussão, como o darbuka e pandeiro ou alcatrão e cordas, como Mandole (bandolim grande com quatro cordas duplas), violino e banjo, não esquecendo a cítara kanun ou árabe.
Os violinistas seguintes chaabi de árabe-andaluza tradição sempre usou seu violino verticalmente. Mandole Quanto substituiu o oud, Oriente alaúde. Não é raro ouvir o piano também. No entanto, qualquer dispositivo eléctrico é aceito, exceto às vezes teclados.
As músicas argelinos chaabi extrair poesia antiga, ocasionalmente envolvidos textos originais de temas atuais também forneceu um pano de fundo sobre o capital, o país reclamação ancestral e nostalgia. C Chaabi 3 omparte, da mesma forma, muitos com flamenco temas: o amor, a perda, o exílio, amizade e traição. Também é parte de uma tradição profundamente conservador e suas letras muitas vezes carregam uma forte mensagem moral. A característica típica de uma canção é tom triste acompanhado dos momentos orquestra onde eles se misturam com outros instrumentos de corda de percussão.
Embora inicialmente a Chaabi Argélia era um gênero em álcool ultrajante e florescente por trás das portas fechadas dos cafés onde se fumava maconha e bebia, proibido pela religião, gradualmente saindo desse círculo e no final da década 1950 já havia se tornado a música popular, usada para casamentos e festas religiosas.
  • Após a derrota do Egito por Israel na guerra de 1967, os novos sons musicais vêm através Cairo sem Chaabi 7 Mas os egípcios jovem procurou maneiras diferentes para reafirmar seu mundo e eles olharam para a música tradicional conhecida no Egito como Al Jeel. Em bairros populares, essas questões tradicionais estão se tornando um som novo destemido que foi chamado Sha'abi. Ao contrário da Argélia, o gênero é urbanizada e modernizada, na maioria dos casos por meio de instrumentos ocidentais e elétricos, juntamente com outros mais tradicionais.
Os músicos popularizar formas curtas e as letras de suas canções acordo com diárias questões sociais, que vão em paralelo com o desenvolvimento da classe trabalhadora, questões sexuais de corte e até mesmo questões contra o estrangeiro. É freqüentemente ouvido nas ruas ou ler nos jornais a grande força desta música para incitar a violência, vulgares letras duplo sentido, uma má preparação da voz cantores ou como imoral é dançada.
Desde os anos 90, as jovens estrelas de Sha'abi como Hakim, Khaled Agag, El Asmar, Magdy Talaat Hassan e Magdy Shabin preencher clubes e concertos. O gênero está repleto de sintetizadores e baterias eletrônicas eletrônicos. Juventude egípcia com notas da música através do Norte de África. Uma geração de adolescentes ocupados, anunciando sua presença e abertura para novas idéias e tendências Sha'abi.

dança shaabi


dança shaabi









Shaabi vem da palavra "sha b" que significa pessoas, povo.
Não se sabe ao certo quando começou, porém o primeiro cantor a obter êxito e sucesso com este estilo foi Ahmad Adawia, que gravou inúmeras músicas nas décadas de 60 a 80. Entre seus inúmeros sucessos está a música "Bent el Sultan" que foi muito dançada pelas bailarinas egípcias da época. Adawia foi a representação de um típico egípcio da média e baixa classe social, seus sonhos, desejos e vida.
A música shaabi não é muito rica se comparada ao estilo clássico egípcio cantado por Oum Koulsoum ou Abdel Halim Hafez, mas é agradável e prazerosa, muito apropriada para a dança.
Originalmente o shaabi começa com um "Mawal" (improvisação feita pelo cantor) em ritmo mais lento, acompanhado apenas por alguns instrumentos que respondem ao seu canto. Aqui o cantor mostra todo seu talento em interpretar os difíceis tons da música árabe. Após a música começa, entrando toda o orquestra e a percussão. Os líricos não são ricos, porém expressam o charme das artes populares, falam de amor, relacionamentos, vida, dificuldades cotidianas, mentiras e traições.
O estilo de voz para o shaabi também é de fundamental importância, sendo sempre uma voz mais rude, sem muito refinamento.
A classe alta egípcia olha para este estilo de música e dança como de classe mais baixa, porém quando toca uma música shaabi em casamentos ou festas, todos dançam e se divertem.
A maioria das dançarinas profissionais do Cairo usam este estilo em seus shows, sendo Fifi Abdo sua maior expressão, com sua dança solta, leve, porém "grudada" na terra, sem muita influência do ballet ou outras danças.
Originalmente no shaabi se usava galabia. Hoje em dia, com as regras de palco e show mudadas, pode-se também dançar shaabi usando duas peças como figurino.
(Foto e informações: Diana Tarkhan - Cairo)
   

10 de dezembro de 2012

DANÇAS FOLCLORICAS DA TURQUIA


Danças Folclóricas:
Cada região da Turquia tem sua própria dança folclórica, cada uma com suas roupas e adereços exclusivos da região a que pertencem. As mais conhecidas constam da lista abaixo:


Horon:
Esta dança da região do Mar Negro é executada somente por homens vestidos em preto com ornamentos na cor prata. Os dançarinos dão-se os braços e dançam seguindo os acordes do 'kemence' (um tipo primitivo de violino).


Kasik Oyunu:
A Dança da Colher é executada de Konya à Silifke e consiste em homens e mulheres ricamente trajados batendo as colheres de pau que têm nas mãos, seguindo o ritmo da música.


Kilic Kalkan:

A dança da espada e do escudo representa a conquista da cidade pelos otomanos. É executada somente por homens, vestidos em trajes de guerra, os quais dançam ao som das batidas das espadas e dos escudos, sem música.

Zeybek:
Nesta dança do Mar Egeu, homens trajam vestimentas coloridas, chamadas 'efe'. Simboliza coragem e heroísmo.


Personagens Folclóricos:


Nasrettin Hoca:

Um sábio e humorista do século XIII. Seus provérbios e histórias são conhecidos em toda a Turquia e são ainda hoje usados como exemplo para situações reais.

Karagoz:

Um outro humorista, que dizem ter vivido na cidade de Bursa no século XIV e hoje imortalizado como um boneco de marionete. Karagoz é um homem rústico do povo, que usa seu senso de humor sarcástico para tomar vantagem do seu pomposo amigo Hacivat. Os bonecos são pintados em pele de animal e são projetados em uma tela branca.

Yunus Emre:
Filósofo e poeta do século XIII, é também um dos maiores tesouros do país. Seus temas básicos eram amor universal, amizade, irmandade e justiça divina. Sua maneira simples e pura de escrever, é repleta de significados para seus leitores e apesar dele ter vivido mais de setecentos anos atrás, seu trabalho ainda hoje é apreciado e intocado pelo tempo, suscitando questionamentos e idéias.


Koroglu:

Um poeta folclórico do século XV. Koroglu desempenhou um importante papel para seus contemporâneos sendo um herói do seu tempo. Suas aventuras têm sido recontadas por séculos com prestígio e vigor e talvez atualmente com mais interesse que nunca. Koroglu foi uma das primeiras pessoas a explorar o ideal incondicional de ajuda aos pobres e necessitados. Ele também foi um grande campeão na luta contra o controle ilimitado do governo e a prepotência dos governantes.

Esportes Tradicionais


Yagli Gures:

' A luta do óleo'. É um esporte nacional que acontece todo ano no mês de julho. Os campeonatos são organizados em Kirkpinar, Edirne. A luta requer muita força física e é dificultada porque os participantes tem seus corpos besuntados com óleo de oliva.

Cirit Oyunu:

'O jogo dos dardos'. Dardos de madeira são lançados por intrépidos cavaleiros para o time oposto para obter pontos. O jogo é executado principalmente no este do país. Em Selçuk (Izmir), lutas de camelo e em Artvin Kafkasor, uma espécie diferente de luta de búfalos também podem ser vistas.

9 de dezembro de 2012

lucianie siolari




maira panas






entrevista com claudia cenci

1)À quanto tempo você dança?
    Há 20 anos

2)O que te motivou a começar a Dançar?E quando você teve certeza que era isso que você queria para o seu futuro? 

     Comecei meio por acaso para aprender algo novo e quando vi estava apaixonada por essa dança. Tardei uns dois anos em começar a dançar profissionalmente, apesar da motivaçao constante por parte da Samira. Eu comecei a fazer aulas de derbacke con o Gege Mouzayek e de snujs com Samir Mouzayek. Ia toda semana na loja do Tony e adorava aprender com eles muita coisa sobre dança do ventre, eles me mostravam videos, músicas e me diziam como uma bailarina deve ser. Tony sempre me ajudou muito, indicando muitas alunas para fazer aulas comigo. Uma manha, Samir me liga perguntando se eu queria dançar no Club Homs, pois viria um cantor árabe da Argentina e a bailarina que o acompanhava nao podia vir. Eu disse que sim, embora estivesse morrendo de medo, nao tinha nenhuma experiência em dançar com música ao vivo, enfim, estava em pânico!!! Nao tinha uma roupa super bonita mas passei a tarde inteira melhorando o visual de uma única roupa que eu tinha... Passei o dia inteiro super ansiosa, nao conseguia comer nada, mas muito feliz porque ia fazer um show profissional pela primeira vez. Quando anunciaram meu nome eu literalmente fazia shimi de corpo inteiro de tanto nervoso, quando terminou a primeira música eu estava quase sem ar, pois ainda nao sabia administrar minha energia. Pouco a pouco fui me tranquilizando e pude desfrutar mais do show. O antigo dono do Salao de Festas do Club, Sr Moisés, me propôs que eu dançasse lá toda quinta-feira e depois desse dia nao fiquei mais em casa nenhuma noite dos fins de semana até começar a trabalhar no Clone. Quando comecei, sabia muito pouco de dança e do que é o mundo do espetáculo, minha principal escola foi a noite árabe de Sao Paulo. Sinto muita saudade dessa época, me divertia muito com meus amigos músicos e com as minhas companheiras de dança, foi uma época muito especial na minha vida. Posso dizer que graças ao convite de Samir Mouzayek eu entrei no mundo profissional, eu o considero meu "padrinho". Eu devo muito à familia Mouzayek inteira pois tanto os músicos, como suas esposas e filhos sempre me trataram com muito carinho. Quem também me orientou muito em meus princípios foram Omar e Olga Naboulsi, sempre oferecendo o melhor material para que eu pudesse estudar e crescer artisticamente. Tive muita sorte por encontrar gente muito legal no meu caminho, seria impossível dizer o nome de todas as pessoas a quem eu tenho uma especial gratidao, como Nabil Nagi, Tony Layoun, Samir Azar e muitos artistas mais.



3)Quem foi/ foram suas professoras?Que cursos você fez?Quais foram seus favoritos? 

    Minha primeira professora foi Yasmin Namu, ela surgiu em minha escola de ginástica oferecendo seu curso, me pareceu muito interessante, ela é uma bailarina maravilhosa e professora com muita didática, mas logo depois ela ficou grávida e deixou a Samira em seu lugar. Samira foi uma paixão à primeira vista, me emocionava muito ver-la dançar. Além do mais é um ser humano incrível, muito generosa em suas aulas, uma preciosidade. Mas eu não fiz aulas por muito tempo, creio que não cheguei a 6 meses de aulas em total. Depois surgiu a oportunidade de dar aulas então eu comecei a estudar por minha conta, com os vídeos de bailarinas que eu comprava na loja do Tony Mouzayek e com o Omar Naboulsi. Naquela época não existia YouTube, infelizmente, sniff... Fiz alguns workshops com Samara, Shokry, Camélia, Raqia Hassan, Zaza Hassan, Mo Geddawi, Tamalin Dallal, Soraya Zaied, Orit, Yousri Sharif e vários professores do Festival de Inverno do Egito de Raqia Hassan. Não tenho um maestro favorito, cada um tem um encanto e algo bonito para aportar à nossa arte, amo a todos pois eles são parte da minha vida artística.

4)Quais são suas maiores inspirações?

    Sem dúvida Suheir Zaki e Fifi Abdo.



5) Você já sofreu algum tipo de preconceito,ou discriminação no meio da dança,ou de bailarinas particularmente?Como você lida com isso? 

     Graças a Deus, e eu posso dizer que sou muito abençoada por ALLAH, sempre tive uma boa relação com as minhas companheiras de trabalho, pelo menos do meu lado eu me sinto querida e respeitada.

6)Quais os principais benefícios que a dança te trouxe? 

   A dança abriu um mundo novo para mim, viajei a vários países, conheci muita gente legal, mudou completamente o meu destino.

7)Em algum momento durante sua carreira você pensou em largar tudo?

    A dança é como uma relação de amor entre um homem e uma mulher, há momentos de paixão, há momentos de amor, há momentos que queremos deixar tudo, mas a verdade é que não podemos viver sem a dança. Nunca tive uma vontade real de deixar a dança, é a minha missão na terra.

8)O que você acha que tem de melhor?Seu ponto forte!

    Eu acho que são as mãos, pelo menos é o elogio que eu mais escuto. Também falam muito da minha expressividade... Mas vou parar por aqui, senão vai parecer que eu "tô me achando", kkkkkkkkkkkkkkkkk



9)Nos conte um sonho de consumo,um sonho impossível,e um já realizado. 

   Sonho de consumo: um creme anti rugas da marca suíça LA PRAIRIE à base de pó de diamantes que custa 900 euroooooooos!!! Sonho impossível: trazer a minha gata "gatucha" de volta. Sonho realizado: Encontrar a felicidade nas pequenas coisas da vida.

10)Você é uma bailarina que tem uma bagagem enorme, uma experiência diferenciada, por ter contribuído muito para a divulgação da Dança do ventre no pais, a que você atribui isso?Como foi ser escolhida pra participar do Clone? O que isso mudou na sua carreira? 

     A minha carreira foi se construindo no meu dia a dia, não planejei nada, ia vivendo os desafios que se apresentavam diante de mim. Mas com certeza o fato de ser uma profissional séria e bem educada me ajudou muito, pois o que conta é o que a bailarina é fora do palco como pessoa. Bom, O Clone foi uma vivência incrível, aprendi muito, até hoje me surpreendo como as coisas que eu aprendi são úteis para mim. Que coisas são estas? Muitas, desde produção, cenário, figurino, interpretação, até coisas mais abstratas, muito difíceis de definir, mas que estão presentes em nossa vida o tempo todo. Não foi o fato de ser a coreógrafa e produtora das cenas de dança que mudou minha carreira e sim o que ficou em mim dessa experiência, posso dizer que sou uma profissional mais completa e madura depois do Clone.

11)Quais são seus projetos atuais e futuro? 

      Eu vivo em Madri há 8 anos e sinto que minha vida aqui já cumpriu um ciclo, tenho uma linda escola com meu marido, uma companhia de dança, uma grife de roupas para dança do ventre e um nome reconhecido na Espanha. Agora quero ampliar meus horizontes e como sempre vou trabalhar no Egito, cada vez mais me sinto inclinada a viver uma temporada lá, pois é um pouco complicado ir e vir, assim , a partir do Natal nos mudamos para o Cairo, isso inclui maridão, dois cachorros e uma parafernália de coisas que acumulei nesses 8 anos de Espanha, socorroooooooooooooooo! 





12)E pra fugir um pouco a regra nos fale de você:  Sua cor preferida,comida favorita,time de futebol,cantor preferido,um filme inesquecivel,uma pessoa muito importante.Como é a Claudia pessoa... 


      Minha cor preferida é o verde água ou turquesa claro, bom tenho um montão de roupas dessa cor (minha mãe me diz que parece que estou sempre com a mesma roupa kkkkkkkk). Comida favorita: pão de queijo e brigadeiro (aqui não tem, sniff). Time de futebol: Palmeiras. Cantor preferido: Tony Mouzayek, é claro!!! Filme inesquecível: não é um filme, era uma série de televisão, "Geannie é um gênio", graças a ela eu me tornei odalisca, queira viver em uma garrafa como a dela. Uma pessoa muito importante: sem dúvida meu maridao Luciano, meu companheiro de vida e meu melhor amigo, me apoia em tudo. Como pessoa eu acho que sou "do bem", trabalhadora, sensível e amiga dos meus amigos e da minha família, às vezes sinto não ter tempo para curtir todo mundo.

13)O que você acha dos concursos,selos,padrões?Eles realmente influenciam em algo?     

     Sempre é bom participar desse tipo de evento para que todo mundo te veja e conheça o seu trabalho. Os selos e padrões sempre dão um aval a mais para a bailarina, mas eu ainda acredito que o que vale é como nos comportamos no dia a dia, a seriedade e respeito pela nossa profissão, nada de estrelismos, muito pé no chão.


14)O que você acha,que tem de mais errado no mundo da Dança?Em que ponto ficam coisas a desejar?

      Não quero generalizar pois existe muita gente criativa no mundo da dança, mas eu acho que, em certos casos, se copia muito e se cria pouco. É normal estudar bailarinas para tirar algumas idéias, mas é necessário transformar essas idéias e criar algo exclusivo. Ser original não é fácil, eu sei, mas buscar esse diferencial é um objetivo muito importante na nossa arte. Por exemplo, hoje em dia muita gente dança igualzinho à Randa Kamel, há uns anos atrás era a Dina. Elas são maravilhosas, mas são únicas e uma cópia sempre será uma cópia.

15)O que vc pensa sobre o aumento de homens na dança,seja no folclore ou na dv propriamente dita? 

       Me encanta ver tantos grupos de homens dançando folclore, tem uma energia masculina muito bonita. Quanto aos homens que dançam a dança do ventre, alguns eu adoro pois são verdadeiros artistas, outros eu não gosto, mas não pelo fato de serem homens e sim porque eu não aprecio seu trabalho como artistas.



16)Qual o conselho que você daria a quem esta começando agora?
      Fundamental para mim seria:
1) Aprender o idioma árabe. Mudou completamente minha forma de dançar o fato de entender as letras das músicas, te dá uma expressividade muito bonita e a medida certa dos movimentos.
2) Apreciar a simplicidade, estudar as bailarinas antigas antes de estudar as da atualidade para ter uma boa base clássica, depois fazer coisas mais modernas. 
3) Desenvolver um estilo próprio de dançar, de vestir-se, de estar.  Somos únicas e devemos valorizar isso.
4) Ser feliz consigo mesma, não deixar que a competitividade te envenene, pois isso se refletirá na sua dança com certeza.
5) E não se esqueçam: assim como o céu, a arte da dança do ventre é infinita onde cabem muitas estrelas, não perca tempo criticando as outras, seja uma delas!!!

SELO SUHEIL DE RECONHECIMENTO

“Acima de tudo a bailarina é uma artista e como tal não é uma cópia produzida.
Deve possuir o estilo próprio que a sua própria história de vida lhe concedeu, e que assim é refletido em sua arte, em sua dança.”
                                                         Suheil


O Selo Suheil reconhece estas artistas.


Temporada 2012

inscrições do exame:  a partir de 03 de setembro
início dos resultados da 1º fase:  a partir de 19 de outubro

 


Um só motivo basta para você querer esta AVALIAÇÃO:
• Porque aqui você pode ter uma avaliação completa sobre sua dança!
Serão avaliadas 4 faces distintas de seu trabalho.
Os  videos são avaliados individualmente por modalidade e geram para cada um, um laudo completo de todos os quesitos avaliados :
escolha musical e de figurinos adequados as propostas , ritmo e musicalidade, postura, técnica dos movimentos, concordância cultural e movimentação típica  dentro dos folclores, criação e interpretação, presença cênica e estilo próprio.
São apontados ainda os fatores positivos a serem explorados e os fatores negativos a serem desenvolvidos e registradas todas as observações.

Os laudos são entregues as bailarinas!
Suheil é uma bailarina profissional, com mais de vinte anos de experiência em Dança do Ventre. Coreógrafa reconhecida por sua excelência, recebeu mais de 30 prêmios em sua carreira. Foi a primeira e única brasileira qualificada no “Bellydance Superstars” Search (LA,2004) e vencedora no "Bellydance Evolution" (grupo de Jillina).
Além de uma sólida carreira como bailarina clássica, estudou com grandes estrelas do Brasil e do mundo. Considerada referência em danças orientais, foi bailarina convidada na “Ya Amar! Middle Eastern Dance Co.” em Los Angeles (EUA).
Foi apresentadora e responsável pelo primeiro Bloco de Dança do Ventre da TV brasileira - “A Arte da Dança do Ventre”, no programa “Simplesmente Mulher”.
Lançou “Dança do Ventre, Coreografia Pop”- DVD didático que recebeu o “Selo Marca de Excelência”. Produziu também o DVD duplo de shows “Trajetória”, o dvd duplo "Simplesmente Mulher" que reúne episódios do programa da tv, o dvd "Método Acadêmico" e a coleção de dvds "Lição de casa". É capa de CD do maior cantor árabe do Brasil.
Criadora do Método Acadêmico para Dança do Ventre com mais de 10 anos de prática aplicada, de forma exclusiva e diferenciada ensina todas as modalidades de Dança do Ventre e folclore do Oriente Médio. Seu método de ensino está presente em diversas escolas através de suas representantes em mais de cinco Estados brasileiros.
Recentemente, Suheil lançou no mercado a obra Glossário da Dança do Ventre, revolucionando o setor com a iniciativa pioneira de universalização da linguagem técnica e pedagógica de sua Classe. Foi também, bailarina convidada para a capa da ed.11 da revista Shimmie.
Suheil atua em shows, workshops nacionais e internacionais, como júri de dança e ministra cursos profissionalizantes por diversas regiões do Brasil. Atualmente ministra aulas semanais regulares no Shangrila House, a casa de Lulu Brasil em São Paulo.

Seu estilo único e carismático recria a arte da dança do ventre, de forma leve, divertida e moderna, com uma criatividade inigualável.

shahrazad bailarina que troxe para o brasil a dança do ventre

Shahrazad, nascida Madeleine Iskandarian, é palestina, da cidade de Belém, tendo se refugiado no Líbano após a Nakba (criação de Israel). Descendente de armênios, começou a dançar com apenas 7 anos de idade. Mais tarde, se mudou para Síria, onde se casou e teve seus dois filhos, Margarida e Richard.

Sua vinda ao Brasil ocorreu por volta de 1957, e por 18 anos trabalhou como cabelereira. Nos anos 70 voltou a se dedicar à dança do ventre, mas foi em 1979 que Shahrazad Sharkey nasceu, quando começou a se apresentar no Bier Maza, em São Paulo. Shahrazad não apenas dançava, como também cantava, sendo a primeira dançarina do ventre e cantora árabe do Brasil. Ao lado do Bier Maza, o restaurante Porta Aberta também passou a oferecer a dança do ventre como entretenimento para seus clientes, tornando-se os responsáveis pela difusão da música árabe e da dança do ventre, apresentando importantes grupos musicais como o Wadih Koury.

Shahrazad logo conquistou grande sucesso, passando a divulgar a dança do ventre por todo o país, viajando com o grupo Wadih Koury (que contava com o percussionista Fuad Haidamus, mestre e também precursor da música árabe no Brasil), e também dando aulas para as brasileiras, ainda sem qualquer conhecimento desta dança. Shahrazad criou um método para ensinar mulheres dos 7 aos 90 anos, tendo atualmente diversas discípulas, como a famosa dançarina Suheil, bellydance superstar, que atualmente divulga o estilo brasileiro pelo mundo.

O foco do trabalho da mestra Shahrazad é o trabalho com a feminilidade, com o corpo, considerando a dança do ventre aliada para o sexo e para o parto. Ela já possui diversos livros publicados, como o "Resgatando a Feminilidade", leitura recomendadíssima. A sua inspiração é voltada ao Egito, ainda que tenha sua "formação" libanesa. Ela diz que não busca uma coreografia na dança, o que lhe importa é o resgate da essência feminina.

Sharahzad formou a primeira geração de dançarinas do ventre brasileiras, e a partir delas, tivemos a dança do ventre difundida por todo o Brasil. Se não fosse a iniciativa desta palestina, que se considera "brasileira roxa", o que seria da Dança do Ventre no Brasil?


a história da dança




Shahrazad foi cabeleireira por 18 anos e passou a dedicar-se à Dança do Ventre a partir do final da década de 70 no Brasil, embora já dançasse profissionalmente desde os sete (7) anos em diversos países árabes, como conta em seu livro.

Aqui se apresentou em diversos restaurantes árabes, teatros e programas de televisão, além de ter concedido várias entrevistas.

Publicou em 1998 o livro intitulado “Resgatando a Feminilidade – expressão e consciência corporal pela dança do ventre”, além de alguns vídeos com a didática que desenvolveu para o ensino de dança, com aproximadamente três mil (3.000) exercícios criados por ela. A última edição de seu livro foi lançada na 17º Bienal do Livro em São Paulo.
 
Sua dedicação à Dança do Ventre, além de incluir a formação de grandes bailarinas e professoras, incluiu ainda sempre uma luta pela valorização da dança e nunca por sua vulgarização.  

 Em seu livro ela diz que “uma bailarina não deve aceitar que os homens coloquem dinheiro no seu corpo. Eles dizem que é um costume, mas isto não é verdade. O corpo da mulher é sagrado e o povo deve assistir a essa dança com muito respeito e admiração” (p. 5 e 6).

Mesmo assim, na década de 80, segundo a bailarina MÁLIKA, “a dança do ventre era muito pouco conhecida e difundida no Brasil”. Era difícil obter materiais para estudos, aulas e apresentações como discos, CDs, vídeos e roupas. A literatura também era escassa, pois segundo ela, “o Brasil não havia produzido nenhuma obra sobre o assunto e escassas eram as publicações em inglês e francês”.

Para a bailarina esta situação passou a se modificar a partir da década de 90 quando no Brasil começaram a surgir publicações sobre a Dança do Ventre em jornais e revistas, quando surgiram eventos, concursos e desfiles, além de programas de televisão, rádio e internet tratando do assunto. Essa procura pela dança acentuou-se ainda mais após a exibição da novela “O Clone” pela Rede Globo de televisão.

Muitos profissionais dizem que não havia música árabe no Brasil, porque aqui não se produzia e não se vendia também. Os discos de vinil na época tinham que ser comprados fora do país.

De acordo com Jorge Sabongi, proprietário da Casa de Chá Khan el Khalili, no início dos anos 70 havia alguns poucos restaurantes árabes como Bier Maza, Porta Aberta e Semíramis, que atualmente não existem mais. Eles contavam com algumas apresentações de Dança do Ventre e alguns músicos árabes. 

Um pouco depois, na década de 80, surgiram as primeiras bailarinas de Dança do Ventre brasileiras, que podem ser consideradas como a primeira geração de bailarinas no Brasil. Foram elas: Shahrazad, Samira, Rita, Selma, Mileidy e Zeina.

O primeiro vídeo didático de Dança do Ventre brasileiro foi lançado em 1993, pela Casa de Chá egípcia Khan el Khalili, tendo como professora a então já bailarina Lulu Sabongi.

Desde então muitos outros vídeos, e mais recentemente DVDs, têm sido produzidos no Brasil, tanto didáticos quanto de shows. Também muitos DVDs internacionais têm sido comercializados aqui, já que a procura tem sido cada vez maior.

A casa de chá egípcia Khan el Khalili foi inaugurada em 1982 por Jorge Sabongi e antes de completar dois (2) anos passou a contar com apresentações de Dança do Ventre (por sugestão de uma casal de egípcios) uma vez a cada três (3) meses.

Até que apareceu Lulu, e após iniciar os estudos na Dança do Ventre, começou a se 


Lulu Sabongi
apresentar na Casa de Chá cada vez com maior freqüência e com um público cada vez maior.

Hoje a Khan el Khalili tem mais de vinte e cinco (25) anos de existência. Além de contar com casa de chá, conta ainda com apresentações diárias de Dança do Ventre, oferece aulas, shows, produz Cds e DVDs, exportando inclusive para outros países. 

Os primeiros Cds produzidos no Brasil vieram da família de músicos Mouzayek, liderada pelo cantor Tony Mouzayek. A coleção de Cds intitulada “Belly Dance Orient” encontra-se atualmente em seu 41º volume.

 A família Mouzayek veio da Síria na década de 70 e aqui se instalou contribuindo para a divulgação da cultura árabe, principalmente da Dança do Ventre no Brasil.

Além de músicos, são proprietários de uma loja no centro de São Paulo, a Casa Árabe, que existe há mais de quarenta (40) anos e vende diversos artigos para Dança do Ventre, como CDs, DVDs, roupas, acessórios, livros e instrumentos musicais. 
    
 Um importante e grande evento de Dança do Ventre que ocorre anualmente no país é o “Mercado Persa”. Ele ocorre na cidade de São Paulo desde 1995 e é caracterizado por promover muitas apresentações de dança oriental (amadoras e profissionais) e por vender muitos artigos especializados às suas praticantes.

 O número de participantes deste evento vem aumentando desde seu surgimento, tanto que já conta com dois palcos e não mais com um como no início. O que significa que durante doze (12) horas, das 10 às 22, acontecem apresentações ininterruptas de Dança Árabe em dois palcos simultaneamente.  

Este evento foi criado pela bailarina Samira Samia e é dirigido por sua filha, a também bailarina, Shalimar Mattar.
Foram ainda elas que criaram o primeiro jornal sobre o assunto no Brasil “Oriente Encanto e Magia”, com publicação mensal, existente desde o ano de 1995. Sua distribuição é gratuita e consta de matérias, artigos, fotos, divulgação de eventos e de profissionais da área.
O primeiro livro sobre o assunto, “Dança do Ventre – uma arte milenar”,  foi escrito pela bailarina e professora Málika em 1998, pela Editora Moderna. Foi lançado na Bienal de mesmo ano, mas atualmente se encontra esgotado.
De acordo com a autora, o livro surgiu “de um caderno de estudos, onde costumava anotar passos, dúvidas, temas a serem pesquisados e/ou aprofundados, curiosidades etc”.
Hoje em dia não nos deparamos mais com muitos dos problemas que havia antes, como a falta de Cds, vídeos, figurinos, professoras, bailarinas na área de Dança do Ventre.  
Muito pelo contrário, há uma abundância grande de material para estudos e pesquisas, principalmente com a internet. Nela há textos, fotos, divulgações de eventos, bem como vídeos. 
Há uma estimativa de que o Brasil é, junto com os Estados Unidos, um dos países ocidentais com o maior número de praticantes do mundo.
De fato, a mulher brasileira se identifica com as características da Dança do Ventre e talvez por isso ela faça tanto sucesso aqui.
Atualmente no Brasil as aulas de Dança do Ventre são oferecidas em diferentes espaços como em academias de ginástica, clubes, escolas especializadas, escolas de dança, assim como em espaços esotéricos e centros culturais.

Muitas revistas e livros já foram escritos sobre o assunto, não se esquecendo de que a divulgação maior fica por conta da internet.

Apesar de pequena, ainda há uma participação da Dança do Ventre no meio acadêmico, onde conta com algumas publicações de monografias, artigos científicos e dissertações de mestrado.

Além disso, nosso país ainda conta com muitos eventos anuais que prestigiam a Dança do Ventre, assim como workshops nacionais e internacionais realizados principalmente na cidade de São Paulo e do Rio de Janeiro.

O Brasil ainda produz CDs árabes, bem como vídeos, DVDs e roupas, além também de importá-los quando é de agrado das clientes.

a história da dança do ventre no brasil

A história da Dança do Ventre no Brasil ainda é recente, datando de aproximadamente uns quarenta (40) anos para cá. E pode-se dizer que provavelmente ela teve seu início quando os primeiros árabes aqui chegaram.
Os primeiros imigrantes árabes vieram da Síria e do Líbano por volta de 1880, e se concentraram principalmente no estado de São Paulo, mais especificamente na capital.

A bailarina Patr

ícia Bencardini em seu livro nos diz que: “A partir dos anos 50, uma grande população muçulmana entrou no Brasil, vindos de diferentes regiões do Oriente Médio. E, na década de setenta do século XX, novos imigrantes libaneses vieram para o Brasil fugindo da guerra civil, quando muitos encontraram parentes distantes que vieram no começo do século”

fifi abdo


fifi abdo

Fifi Abdo (nascida Atiyat Abdul Fattah Ibrahim) é uma dançarina polêmica, considerada um ícone da dança do ventre no mundo todo. Nascida pobre, era até recentemente analfabeta! Ela é tão amada quanto odiada, no entanto definir a explicação para tamanha divergência de opiniões não é algo tão fácil!

Como dançarina amada, Fifi foi "eleita" por Hossam Ramzy como a melhor bailarina de dança do ventre que ele já conheceu. Por quê? Simplesmente nenhuma possui um carisma comparado ao dela, ela cativa, encanta, provoca, tudo isso apenas com cinco movimentos básicos da dança do ventre. Caímos então em "por que odiada"? Ela tem um dos vocabulários musicais mais limitados e repetitivos que uma dançarina profissional poderia ter: basicamente seus movimentos são oitos, redondos, shimmys, deslocamentos e o básico egípcio. Além disso, Fifi, em seus filmes, mostrava uma dançarina vulgarizada, mesmo angariando muito sucesso através deles.

Fifi começou sua carreira como dançarina aos 20 anos, dançando em casamentos. Três anos depois, em 1976, começou a atuar no cinema, principalmente explorando seus dotes como dançarina, tendo atuado também em teatros seguindo o mesmo estilo. A consagração veio em 1989, com o filme "Uma mulher não é suficiente" (que título precioso! uh!).

Além de provocar escândalo dançando, Fifi também teve uma vida movida a polêmicas, as quais se justificavam como "jogadas de marketing" de seus empresários. De qualquer forma, para uma mulher muçulmana, Fifi realmente representou a ousadia: se casou cinco vezes (tendo duas filhas) e por sua vida incomum teve problemas constantes com as autoridades muçulmanas, passando quase tanto tempo nos tribunais quanto no palco. Em 2002, ela propôs a criação da Primeira Associação Formal de dançarinas do ventre do Egito, mas teve sua ideia rechaçada sob a alegação de que isto "seria o mesmo que legalizar a prostituição".

Ao mesmo tempo, Fifi é conhecida por suas obras de caridade e por sua generosidade, mantendo financeiramente mais de 30 famílias pobres. A verba para se manter e ajudar aos necessitados provém ainda da sua dança (ela cobra US$5.000 para dançar 15 minutos em hotéis 5 estrelas!!), pois aos 55 anos Fifi permanece dançando, atividade que ela pretende continuar enquanto puder, pois por mais que em seu país a dança do ventre não seja valorizada, Fifi defende que é uma arte e é parte da herança egípcia.

debora spina




O QUE É DRT?

DRTé um registro profissional tirado na delegacia regional do trabalho.
é errado dizer:"quero (ou tenho)drt!, pois na verdade você quer(ou tem)um registro profissional.
ter um DRT,como é dito no meio artístico,significa que o profissional está registrado na delegacia regional do trabalho.
por que preciso do DRT?
existe uma lei 6.533 criada em 1978,que regulamenta as profissionais serem contratadas como profissionais em trabalhos de TV,cinema,teatro ou publicidade é necessário ter o drt.
é preciso ir até um sated para retirar seu drt.

shimies

Segredos e Dicas sobre Shimies

SHIMIES, SHIMI OU SHIMMYS

“... Mas ela também conhece a doçura da corda com a qual está atando-o a seus pequenos e delicados dedos... então chega a hora do ÚNICO PASSO DE DANÇA QUE É VERDADEIRO E TRADICIONAL, CONHECIDO POR TODAS AS MULHERES EGÍPCIAS, O BALANÇO DOS QUADRIS E o casamento se incendeia em um fogo bem-aventurado. Nesta parte, os músicos tocam uma canção saudosa do folclore egípcio, o som dos Mizmar... Isto soa como acentos...”

Citação do Artigo de Hossam Ranzi para a Habibi Magazine.

Contou-me uma aluna, que em uma de suas viagens ao Marrocos, durante um passeio turístico com um grupo nômade magreb, o deserto a surpreendeu pela gama de cores camaleonicas durante a marcha da caravana.

Quando chegaram a noite ao acampamento, o Céu parecia não ter divisão com a terra, era como se as estrelas, caíssem como chuva sobre as cabeças extasiadas dos turístas. Quando todos estavam maravilhados com o espetáculo da natureza, ouviu-se o som dos tambores aquecidos nas fogueiras. Derbakes, dufs e tars, começaram a tocar seus sons ancestrais ecoando forte pelas areias.

Minha aluna, casada com um árabe, sentiu o chamado da dança em seu corpo. Dizia-me: _meus músculos pulsavam sozinhos, como se animados por uma força que me invadia. Infelizmente, tive que conter toda aquela explosão de sensações e não pude dançar, envergonharia meu marido desonrando-o perante seu povo.

Se reconheçe a qualidade da dança de uma bailarina pela reação do seu corpo ao som de um derbake.

Ouvindo e vendo um músico tocar o derbake, é que se aprende de verdade os movimentos dos Shimies que são comprovadamente o ÚNICO PASSO DE DANÇA reconhecido como o mais TRADICIONAL e ancestral da dança do ventre, executado ainda hoje com maestria pelas MULHERES EGÍPCIAS famosas por seus quadris soltos e vibrantes na dança.

Já ouvi de muitos árabes quando umabailarina apresentava um belo solo de Derbake: _ com certeza aprendeu com uma egípcia, não¿ Mal sabem nossos queridos árabes, qua as brasileiras trazem em sua alma todos os povos da terra e que nossos quadris todas as sabedorias femininas ancestrais.

DICAS E SEGREDOS DOS SHIMIES

A antigas bailarinas orientais, faziam cinturões com pequenos saquinhos de areia pendurados ao quadril, para que estes, através do peso, deixassem seus quadris alongados e soltos.

Ter quadril largo ou pesado, faclita o aprendizado dos shimies, o mais importante é a noção rítmica. Mas as bailarinas com quadris estreitos, não tem nenhum problema em executálos maravilhosamente.

O linhamento o alinhamento correto do corpo é ums dos grandes segredos das grandes bailarias. Movimentos de lateralidade também devem ser treinados.

É errado a aluna fazer o tremido como forçando demasiadamente os joelhos ou batendo os calcanhares".

O movimento errado traz consequências muito sérias: a bailarina poderá apresentar problemas nos joelhos, na articulação coxo-femural (onde os quadris, ou onde o fêmur se "encaixa" na bacia ) e na lombar.

A maneira mais segura não é nenhuma dessas. Os joelhos devem permanecer suavemente "dobrados" e o umbigo levemente projetado para dentro do ventre, a musculatura abdominal contraida dá sustentação auxiliar á coluna ajudando a protejê-la.

Existem shimies devem ser executados com os pés totalmente apoiados ao chão.

O movimento deve concentrar-se nos quadris, nas articulações coxo-femurais. As pernas fazem dão apoio ao movimento, os abdominais trabalham, a musculatura posterior das costas também. O importante é dissociamos" o tronco da pélvis , e deixamos a lombar "relaxada", assim as articulações coxo-femurais ficam liberadas.

È muito importante que as bailarinas (ou dançarinas como queiram) conheçam os rítmos que montam o solo de derbake, os músicos antigos mantinham a tradição de repetirem a mesma frase músical tocada por no mínimo 3 ou 4 vezes, assim ele desfiava a bailarina a executar a tradução do som em seu corpo com rítimos cada vez mais complexos. Os solos eram feitos sempre de improviso como um desfio entre músico e bailarina. A influência ocidental introduziu na dança do Ventre a criação coreográfica o que vem cada vez mais dimunuindo estes espetáculos de desafio entre bailarinas e músicos na sua dança.


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