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9 de dezembro de 2012

shahrazad bailarina que troxe para o brasil a dança do ventre

Shahrazad, nascida Madeleine Iskandarian, é palestina, da cidade de Belém, tendo se refugiado no Líbano após a Nakba (criação de Israel). Descendente de armênios, começou a dançar com apenas 7 anos de idade. Mais tarde, se mudou para Síria, onde se casou e teve seus dois filhos, Margarida e Richard.

Sua vinda ao Brasil ocorreu por volta de 1957, e por 18 anos trabalhou como cabelereira. Nos anos 70 voltou a se dedicar à dança do ventre, mas foi em 1979 que Shahrazad Sharkey nasceu, quando começou a se apresentar no Bier Maza, em São Paulo. Shahrazad não apenas dançava, como também cantava, sendo a primeira dançarina do ventre e cantora árabe do Brasil. Ao lado do Bier Maza, o restaurante Porta Aberta também passou a oferecer a dança do ventre como entretenimento para seus clientes, tornando-se os responsáveis pela difusão da música árabe e da dança do ventre, apresentando importantes grupos musicais como o Wadih Koury.

Shahrazad logo conquistou grande sucesso, passando a divulgar a dança do ventre por todo o país, viajando com o grupo Wadih Koury (que contava com o percussionista Fuad Haidamus, mestre e também precursor da música árabe no Brasil), e também dando aulas para as brasileiras, ainda sem qualquer conhecimento desta dança. Shahrazad criou um método para ensinar mulheres dos 7 aos 90 anos, tendo atualmente diversas discípulas, como a famosa dançarina Suheil, bellydance superstar, que atualmente divulga o estilo brasileiro pelo mundo.

O foco do trabalho da mestra Shahrazad é o trabalho com a feminilidade, com o corpo, considerando a dança do ventre aliada para o sexo e para o parto. Ela já possui diversos livros publicados, como o "Resgatando a Feminilidade", leitura recomendadíssima. A sua inspiração é voltada ao Egito, ainda que tenha sua "formação" libanesa. Ela diz que não busca uma coreografia na dança, o que lhe importa é o resgate da essência feminina.

Sharahzad formou a primeira geração de dançarinas do ventre brasileiras, e a partir delas, tivemos a dança do ventre difundida por todo o Brasil. Se não fosse a iniciativa desta palestina, que se considera "brasileira roxa", o que seria da Dança do Ventre no Brasil?


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O QUE É DRT?

DRTé um registro profissional tirado na delegacia regional do trabalho.
é errado dizer:"quero (ou tenho)drt!, pois na verdade você quer(ou tem)um registro profissional.
ter um DRT,como é dito no meio artístico,significa que o profissional está registrado na delegacia regional do trabalho.
por que preciso do DRT?
existe uma lei 6.533 criada em 1978,que regulamenta as profissionais serem contratadas como profissionais em trabalhos de TV,cinema,teatro ou publicidade é necessário ter o drt.
é preciso ir até um sated para retirar seu drt.

shimies

Segredos e Dicas sobre Shimies

SHIMIES, SHIMI OU SHIMMYS

“... Mas ela também conhece a doçura da corda com a qual está atando-o a seus pequenos e delicados dedos... então chega a hora do ÚNICO PASSO DE DANÇA QUE É VERDADEIRO E TRADICIONAL, CONHECIDO POR TODAS AS MULHERES EGÍPCIAS, O BALANÇO DOS QUADRIS E o casamento se incendeia em um fogo bem-aventurado. Nesta parte, os músicos tocam uma canção saudosa do folclore egípcio, o som dos Mizmar... Isto soa como acentos...”

Citação do Artigo de Hossam Ranzi para a Habibi Magazine.

Contou-me uma aluna, que em uma de suas viagens ao Marrocos, durante um passeio turístico com um grupo nômade magreb, o deserto a surpreendeu pela gama de cores camaleonicas durante a marcha da caravana.

Quando chegaram a noite ao acampamento, o Céu parecia não ter divisão com a terra, era como se as estrelas, caíssem como chuva sobre as cabeças extasiadas dos turístas. Quando todos estavam maravilhados com o espetáculo da natureza, ouviu-se o som dos tambores aquecidos nas fogueiras. Derbakes, dufs e tars, começaram a tocar seus sons ancestrais ecoando forte pelas areias.

Minha aluna, casada com um árabe, sentiu o chamado da dança em seu corpo. Dizia-me: _meus músculos pulsavam sozinhos, como se animados por uma força que me invadia. Infelizmente, tive que conter toda aquela explosão de sensações e não pude dançar, envergonharia meu marido desonrando-o perante seu povo.

Se reconheçe a qualidade da dança de uma bailarina pela reação do seu corpo ao som de um derbake.

Ouvindo e vendo um músico tocar o derbake, é que se aprende de verdade os movimentos dos Shimies que são comprovadamente o ÚNICO PASSO DE DANÇA reconhecido como o mais TRADICIONAL e ancestral da dança do ventre, executado ainda hoje com maestria pelas MULHERES EGÍPCIAS famosas por seus quadris soltos e vibrantes na dança.

Já ouvi de muitos árabes quando umabailarina apresentava um belo solo de Derbake: _ com certeza aprendeu com uma egípcia, não¿ Mal sabem nossos queridos árabes, qua as brasileiras trazem em sua alma todos os povos da terra e que nossos quadris todas as sabedorias femininas ancestrais.

DICAS E SEGREDOS DOS SHIMIES

A antigas bailarinas orientais, faziam cinturões com pequenos saquinhos de areia pendurados ao quadril, para que estes, através do peso, deixassem seus quadris alongados e soltos.

Ter quadril largo ou pesado, faclita o aprendizado dos shimies, o mais importante é a noção rítmica. Mas as bailarinas com quadris estreitos, não tem nenhum problema em executálos maravilhosamente.

O linhamento o alinhamento correto do corpo é ums dos grandes segredos das grandes bailarias. Movimentos de lateralidade também devem ser treinados.

É errado a aluna fazer o tremido como forçando demasiadamente os joelhos ou batendo os calcanhares".

O movimento errado traz consequências muito sérias: a bailarina poderá apresentar problemas nos joelhos, na articulação coxo-femural (onde os quadris, ou onde o fêmur se "encaixa" na bacia ) e na lombar.

A maneira mais segura não é nenhuma dessas. Os joelhos devem permanecer suavemente "dobrados" e o umbigo levemente projetado para dentro do ventre, a musculatura abdominal contraida dá sustentação auxiliar á coluna ajudando a protejê-la.

Existem shimies devem ser executados com os pés totalmente apoiados ao chão.

O movimento deve concentrar-se nos quadris, nas articulações coxo-femurais. As pernas fazem dão apoio ao movimento, os abdominais trabalham, a musculatura posterior das costas também. O importante é dissociamos" o tronco da pélvis , e deixamos a lombar "relaxada", assim as articulações coxo-femurais ficam liberadas.

È muito importante que as bailarinas (ou dançarinas como queiram) conheçam os rítmos que montam o solo de derbake, os músicos antigos mantinham a tradição de repetirem a mesma frase músical tocada por no mínimo 3 ou 4 vezes, assim ele desfiava a bailarina a executar a tradução do som em seu corpo com rítimos cada vez mais complexos. Os solos eram feitos sempre de improviso como um desfio entre músico e bailarina. A influência ocidental introduziu na dança do Ventre a criação coreográfica o que vem cada vez mais dimunuindo estes espetáculos de desafio entre bailarinas e músicos na sua dança.


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