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12 de agosto de 2012

Estrutura da Música Clássica - é verdade absoluta para todas as músicas?





Dividindo meu caderno de aulas com vocês, vim hoje compartilhar sobre a estrutura da música clássica. Muitas bailarinas, ao iniciar o estudo da música clássica árabe, acabam adotando a cartilha pregada em sala de aula e internet afora como regra imutável. No entanto, nem todas as músicas possuem a mesma estrutura e vão repetir os mesmos momentos para que você linda sempre arrase nas suas apresentações.
A música clássica árabe tem uma "estrutura interna" comum à quase todas as composições, e o planejamento da dança para este estilo musical também é estruturado. Os 4 primeiros estágios dos quais falaremos hoje são:

1.Introdução: o momento inicial da música, a apresentação dos músicos em cena (a bailarina fica quietinha na coxia esperando sua vez) e pode ser uma peça melódica ou mesmo uma peça cadenciada. Uma característica de fácil identificação para este momento da música é justamente a ausência de um ritmo marcado.

Na música que utilizaremos como exemplo, Saher al Shaker Etneen (Al Ahram Orquestra), a introdução vai do segundo inicial até os 55s. Ouça:


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2. Chamada da Bailarina: esta é a primeira peça ritmica da música, e o nome é auto explicativo - é a chamada da bailarina. O ritmo que geralmente é executado na chamada da bailarina é o Malfuf (DUM-TAKA-KATA), de uma forma cadenciada, rápida e normalmente sem floreados. Não existe uma outra forma para descrever este momento: é o início do fluxo de movimento da dança.

 Na música abaixo, Layali Marya, a chamada da bailarina vai dos 33s aos 40s. Ouça:


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(Tenho algumas dúvidas sobre o ritmo apresentado na chamada da bailarina da música Layali Masrya. Pra mim parece mesmo um Malfuf, mas as batidas estão um pouco abafadas, então, se errei nessa parte, por gentileza quem tiver maiores informações me corrija). 



3. Entrada da bailarina: Pronto, pronto... já estava achando que essa hora de entrar no palco não chegava nunca, não é??? Melodia e percussão se unem, e juntas abrem espaço para a bailarina entrar em cena em grande estilo. As frases, normalmente têm grande impacto, e pedem uma execução da dança com deslocamentos, arabesques (para quem gosta) e giros.  O trecho de entrada da bailarina pode ou não manter o ritmo da chamada como base. 99,9%  das bailarinas utilizam o véu na entrada em cena, e as certificações Brasil afora avaliam também se a bailarina consegue identificar o momento exato de largar o véu. O senso comum atesta que o momento de largar o véu é a frase que precede a mudança do ritmo da entrada para o ritmo cadenciado (que geralmente é o ritmo baladi). 

No exemplo ilustrado abaixo, a música Layali Zaman de Setrak Sarkissian, a entrada da bailarina vai de 01:00 até 03:03, e o ritmo da entrada é o mesmo da chamada, no caso, o Malfuf. Essa música é bem interessante de se estudar porque nos 02:28 ela dá uma paradinha na melodia, e parece que o ritmo vai mudar, mas o Malfuf permanece sendo executado até os 03:03. #pegadinha. 


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4. Ritmo cadenciado: é o momento de mostrar sua habilidade técnica e colocar seu corpo a serviço do reconhecimento dos ritmos. Neste momento, a maioria absoluta das músicas apresenta um baladi 2D, mas essa não é uma regra infalível.

Na música apresentada abaixo, Nour el Amar (Al Ahram Orchestra) você verá que a entrada é pouco convencional, com uma estrutura diferente. O ritmo cadenciado começa em 03:18 e vai até 03:29. 


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No entanto, é preciso estar bem atenta às músicas que fogem à regra que, muito embora sejam clássicas das clássicas, sua estrutura nem sempre obedece ao que temos como regra magna. E uma dessas perigosas músicas, principalmente pra quem faz pré seleção e afins é Raks Bedeya de Ali Mohammed.


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Quando você ouvir os acordes iniciais pensará: ah, tô craque, é a música da peça "Egyptian Nights" do show das Bellydance Superstars. E embora eu pense que a versão criada pelas Superstars tenha virado uma febre "boring" dessa música que motivou milhares de bailarinas mundo afora a dançar somente a versão editada,  a verdade é que a versão original traz uma estrutura das mais difíceis de se coreografar ou improvisar, justamente pelo fato de que foge bastante à estrutura da cartilha. 

A introdução vai do segundo inicial até 01:07. Em seguida entram Malfuf e melodia junto. O que fazer? Entra junto? Não sei. Espera a primeira frase? É curta demais. Espera a primeira estrofe? É longa demais.  E por ter ficado com a pulga atrás da orelha, resolvi procurar o que diz o senso comum no youtube. O problema é que só achei duas apresentações na versão original. Vamos a elas:

1. Suheil que entrou "junto" com a execução da melodia e do ritmo:




2. Ceci Guevara - essa atropelou a introdução, vejam:



A conclusão a que cheguei sobre essa música? Nenhuma. Vou arriscar entrando na segunda frase depois da introdução mesmo.

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O QUE É DRT?

DRTé um registro profissional tirado na delegacia regional do trabalho.
é errado dizer:"quero (ou tenho)drt!, pois na verdade você quer(ou tem)um registro profissional.
ter um DRT,como é dito no meio artístico,significa que o profissional está registrado na delegacia regional do trabalho.
por que preciso do DRT?
existe uma lei 6.533 criada em 1978,que regulamenta as profissionais serem contratadas como profissionais em trabalhos de TV,cinema,teatro ou publicidade é necessário ter o drt.
é preciso ir até um sated para retirar seu drt.

shimies

Segredos e Dicas sobre Shimies

SHIMIES, SHIMI OU SHIMMYS

“... Mas ela também conhece a doçura da corda com a qual está atando-o a seus pequenos e delicados dedos... então chega a hora do ÚNICO PASSO DE DANÇA QUE É VERDADEIRO E TRADICIONAL, CONHECIDO POR TODAS AS MULHERES EGÍPCIAS, O BALANÇO DOS QUADRIS E o casamento se incendeia em um fogo bem-aventurado. Nesta parte, os músicos tocam uma canção saudosa do folclore egípcio, o som dos Mizmar... Isto soa como acentos...”

Citação do Artigo de Hossam Ranzi para a Habibi Magazine.

Contou-me uma aluna, que em uma de suas viagens ao Marrocos, durante um passeio turístico com um grupo nômade magreb, o deserto a surpreendeu pela gama de cores camaleonicas durante a marcha da caravana.

Quando chegaram a noite ao acampamento, o Céu parecia não ter divisão com a terra, era como se as estrelas, caíssem como chuva sobre as cabeças extasiadas dos turístas. Quando todos estavam maravilhados com o espetáculo da natureza, ouviu-se o som dos tambores aquecidos nas fogueiras. Derbakes, dufs e tars, começaram a tocar seus sons ancestrais ecoando forte pelas areias.

Minha aluna, casada com um árabe, sentiu o chamado da dança em seu corpo. Dizia-me: _meus músculos pulsavam sozinhos, como se animados por uma força que me invadia. Infelizmente, tive que conter toda aquela explosão de sensações e não pude dançar, envergonharia meu marido desonrando-o perante seu povo.

Se reconheçe a qualidade da dança de uma bailarina pela reação do seu corpo ao som de um derbake.

Ouvindo e vendo um músico tocar o derbake, é que se aprende de verdade os movimentos dos Shimies que são comprovadamente o ÚNICO PASSO DE DANÇA reconhecido como o mais TRADICIONAL e ancestral da dança do ventre, executado ainda hoje com maestria pelas MULHERES EGÍPCIAS famosas por seus quadris soltos e vibrantes na dança.

Já ouvi de muitos árabes quando umabailarina apresentava um belo solo de Derbake: _ com certeza aprendeu com uma egípcia, não¿ Mal sabem nossos queridos árabes, qua as brasileiras trazem em sua alma todos os povos da terra e que nossos quadris todas as sabedorias femininas ancestrais.

DICAS E SEGREDOS DOS SHIMIES

A antigas bailarinas orientais, faziam cinturões com pequenos saquinhos de areia pendurados ao quadril, para que estes, através do peso, deixassem seus quadris alongados e soltos.

Ter quadril largo ou pesado, faclita o aprendizado dos shimies, o mais importante é a noção rítmica. Mas as bailarinas com quadris estreitos, não tem nenhum problema em executálos maravilhosamente.

O linhamento o alinhamento correto do corpo é ums dos grandes segredos das grandes bailarias. Movimentos de lateralidade também devem ser treinados.

É errado a aluna fazer o tremido como forçando demasiadamente os joelhos ou batendo os calcanhares".

O movimento errado traz consequências muito sérias: a bailarina poderá apresentar problemas nos joelhos, na articulação coxo-femural (onde os quadris, ou onde o fêmur se "encaixa" na bacia ) e na lombar.

A maneira mais segura não é nenhuma dessas. Os joelhos devem permanecer suavemente "dobrados" e o umbigo levemente projetado para dentro do ventre, a musculatura abdominal contraida dá sustentação auxiliar á coluna ajudando a protejê-la.

Existem shimies devem ser executados com os pés totalmente apoiados ao chão.

O movimento deve concentrar-se nos quadris, nas articulações coxo-femurais. As pernas fazem dão apoio ao movimento, os abdominais trabalham, a musculatura posterior das costas também. O importante é dissociamos" o tronco da pélvis , e deixamos a lombar "relaxada", assim as articulações coxo-femurais ficam liberadas.

È muito importante que as bailarinas (ou dançarinas como queiram) conheçam os rítmos que montam o solo de derbake, os músicos antigos mantinham a tradição de repetirem a mesma frase músical tocada por no mínimo 3 ou 4 vezes, assim ele desfiava a bailarina a executar a tradução do som em seu corpo com rítimos cada vez mais complexos. Os solos eram feitos sempre de improviso como um desfio entre músico e bailarina. A influência ocidental introduziu na dança do Ventre a criação coreográfica o que vem cada vez mais dimunuindo estes espetáculos de desafio entre bailarinas e músicos na sua dança.


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