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21 de outubro de 2011

hagallah

Mahmoud Reda trouxe ao Ocidente sua versão da dança Hagalla, uma coreografia muito bem estruturada e completa que tornou-se conhecida pelas dançarinas do mundo todo e passou a ser base de estudo dos movimentos como o twist e pequenos saltos presentes no folclore egípcio.
O movimento iniciado por Mahmoud Reda, na década de 60, correspondeu a uma virada do Egito para a cultura egípcia, pois até então, a preocupação das dançarinas era justamente copiar gestos e movimentos das danças ocidentais.
O que é o Hagalla? A palavra quer dizer: pulos, saltitar e corresponde ao mesmo significado do Said, felicidade, podemos pensar na expressão: "Pular de Alegria", pois bem, é uma dança tradicional dos beduínos, presente no deserto do Sahara até o Líbano, cuja versão antiga, uma mulher dançava para um grupo de homens e escolhia um deles para ser seu esposo. Obviamente são resquícios de um passado remoto como as danças do Golfo, que em épocas pré-islâmicas foram utilizadas para disputar futuros noivos.
Atualmente o Hagalla é interpretado por diversos grupos folclóricos e bailarinas de dança do ventre e dispensa esse pequeno teatro, podendo ser dançada apenas com mulheres.

A música utilizada para essa dança segue um repertório dividido em três partes:

Shehaywa - Introdução ritmica e um coro anunciando o início e repetindo um refrão que geralmente conta a história do casal apaixonado.

Ghennaywa - solo musicado ou improviso de um poeta cantando sobre o amor.

Magruda -  retorno do coro anunciando o desfexo da história e repetindo novamente o refrão.

O ritmos de base são:

Fellahi 2/4

Malfouf 4/4

Saidi 4/4



As beduínas vestem-se com a idumentária de uso diário, um longo vestido parecido com um kaftan, durante os shows adornam-se com figurino de tecido mais leve e colorido enquanto que as dançarinas de dança do ventre vestem o modelo criado por Mahmoud Reda, sobre o vestido baladi colocam uma saia bem rodada com vários babados para ressaltar o movimento dos quadris. Tradicionalmente cobre-se os cabelos com um manto negro chamado Tarha.Hagalla, forma de dança pesquisada por Mahmud Reda por volta de 1966, na região conhecida como Marsa Matruh.

Sempre acompanhado por alguns dançarinos de seu grupo, essas viagens de pesquisa tinham por objetivo conhecer a dança em sua origem, para poder posteriormente, recriá-la no palco, com a peculiaridade que permitiria a um expectador, proveniente da mesma região, reconhecer sua terra e os elementos genuínos trazidos ao palco.
Ele considerava que o contato direto com as pessoas, no processo de documentação e pesquisa, compartilhando sua arte e as reações advindas da interação, sempre traziam novas perspectivas ao processo de criação e portanto era muito valioso.

Enquanto permaneciam numa certa região, experimentavam os movimentos, e tomavam parte nos eventos que aconteciam, sempre que possível.
As danças nativas do Egito não são ensinadas formalmente. As pessoas aprendem a dançar através da observação e imitação.
O processo de aprendizagem teve que nascer da participação dos membros do grupo, dentro dos eventos, e enquanto participantes, através da imitação, mais tarde traduzindo em anotações os detalhes mais importantes, que não poderiam ser esquecidos.
Este foi o método usado em Marsa Matruh. Depois de documentar um evento Al Haggalah, era necessário investigar mais a fundo, as oscilações de quadril da Haggala ( dançarina que representava a dança).
Mais tarde para usar os movimentos vistos nestes eventos Farida Fahmy teve que aprender através da imitação e participação, para posteriormente, decodificar os principais movimentos, com o objetivo de ensinar as outras bailarinas do grupo o básico do Haggalah.
Quando não era possível para todos os integrantes do grupo assistir as celebrações limitadas por costumes locais, por exemplo, em areas rurais...as mulheres do grupo iam sózinhas para as casas, e assistiam as comemorações. Em outras ocasiões o grupo visitava a escola local, e conversava com as crianças. Pediam as meninas que trouxessem os trajes de suas mães, assistiam as pequenas dançando, e naturalmente, elas dançavam como suas genitoras.
Em Haggalah há um aspecto competitivo onde diferentes grupos batem palmas chamando a solista, e aquele grupo mais forte ou carismático ganha a presença da solista perto dele. Essas palmas sofrem flutuações de dinâmica e velocidade, o que pode alterar a construção da dança.
Além de Mersa Matruh, essa forma de dança também é encontrada no oásis de Siwa e ao leste da Líbia.
Uma mulher ou uma dupla de mulheres, dançam movidas pelas palmas de grupos de homens, que competem entre si, para ganhar a atenção das mesmas.
Geralmente acontecem para celebrar casamentos ou as vésperas de um enlace. Também são apresentadas em festas para honrar visitantes ou selar um compromisso.
O passo típico desta dança é o "shimmy" conhecido pelo mesmo nome Haggalah, uma versão maior e mais relaxada do movimento em L dos quadris.
A música praticamente é toda improvisada, baseada na voz dos participantes e nas palmas que acompanham todo o tempo a performance. Mais tarde criaram-se versões especiais para que esta dança pudesse ser apresentada no palco.
Originária da Líbia, no Egito essa dança foi encontrada com maior freqüência em Mersa Matruh.
Quando realizada com autenticidade, a performance é executada por uma mulher totalmente coberta, ao som de cânticos masculinos , chamados keffafeen, acompanhados por palmas.
Tradicionalmente, a dançarina de Haggala deve apresentar-se para quatro homens e, dentre eles, escolher apenas um para o qual terminará sua dança. Ela amarra um lenço nos quadris e, quando escolher seu pretendente, deverá laçá-lo com este. Numa versão mais moderna, grupos de mulheres dançam umas para as outras.

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O QUE É DRT?

DRTé um registro profissional tirado na delegacia regional do trabalho.
é errado dizer:"quero (ou tenho)drt!, pois na verdade você quer(ou tem)um registro profissional.
ter um DRT,como é dito no meio artístico,significa que o profissional está registrado na delegacia regional do trabalho.
por que preciso do DRT?
existe uma lei 6.533 criada em 1978,que regulamenta as profissionais serem contratadas como profissionais em trabalhos de TV,cinema,teatro ou publicidade é necessário ter o drt.
é preciso ir até um sated para retirar seu drt.

shimies

Segredos e Dicas sobre Shimies

SHIMIES, SHIMI OU SHIMMYS

“... Mas ela também conhece a doçura da corda com a qual está atando-o a seus pequenos e delicados dedos... então chega a hora do ÚNICO PASSO DE DANÇA QUE É VERDADEIRO E TRADICIONAL, CONHECIDO POR TODAS AS MULHERES EGÍPCIAS, O BALANÇO DOS QUADRIS E o casamento se incendeia em um fogo bem-aventurado. Nesta parte, os músicos tocam uma canção saudosa do folclore egípcio, o som dos Mizmar... Isto soa como acentos...”

Citação do Artigo de Hossam Ranzi para a Habibi Magazine.

Contou-me uma aluna, que em uma de suas viagens ao Marrocos, durante um passeio turístico com um grupo nômade magreb, o deserto a surpreendeu pela gama de cores camaleonicas durante a marcha da caravana.

Quando chegaram a noite ao acampamento, o Céu parecia não ter divisão com a terra, era como se as estrelas, caíssem como chuva sobre as cabeças extasiadas dos turístas. Quando todos estavam maravilhados com o espetáculo da natureza, ouviu-se o som dos tambores aquecidos nas fogueiras. Derbakes, dufs e tars, começaram a tocar seus sons ancestrais ecoando forte pelas areias.

Minha aluna, casada com um árabe, sentiu o chamado da dança em seu corpo. Dizia-me: _meus músculos pulsavam sozinhos, como se animados por uma força que me invadia. Infelizmente, tive que conter toda aquela explosão de sensações e não pude dançar, envergonharia meu marido desonrando-o perante seu povo.

Se reconheçe a qualidade da dança de uma bailarina pela reação do seu corpo ao som de um derbake.

Ouvindo e vendo um músico tocar o derbake, é que se aprende de verdade os movimentos dos Shimies que são comprovadamente o ÚNICO PASSO DE DANÇA reconhecido como o mais TRADICIONAL e ancestral da dança do ventre, executado ainda hoje com maestria pelas MULHERES EGÍPCIAS famosas por seus quadris soltos e vibrantes na dança.

Já ouvi de muitos árabes quando umabailarina apresentava um belo solo de Derbake: _ com certeza aprendeu com uma egípcia, não¿ Mal sabem nossos queridos árabes, qua as brasileiras trazem em sua alma todos os povos da terra e que nossos quadris todas as sabedorias femininas ancestrais.

DICAS E SEGREDOS DOS SHIMIES

A antigas bailarinas orientais, faziam cinturões com pequenos saquinhos de areia pendurados ao quadril, para que estes, através do peso, deixassem seus quadris alongados e soltos.

Ter quadril largo ou pesado, faclita o aprendizado dos shimies, o mais importante é a noção rítmica. Mas as bailarinas com quadris estreitos, não tem nenhum problema em executálos maravilhosamente.

O linhamento o alinhamento correto do corpo é ums dos grandes segredos das grandes bailarias. Movimentos de lateralidade também devem ser treinados.

É errado a aluna fazer o tremido como forçando demasiadamente os joelhos ou batendo os calcanhares".

O movimento errado traz consequências muito sérias: a bailarina poderá apresentar problemas nos joelhos, na articulação coxo-femural (onde os quadris, ou onde o fêmur se "encaixa" na bacia ) e na lombar.

A maneira mais segura não é nenhuma dessas. Os joelhos devem permanecer suavemente "dobrados" e o umbigo levemente projetado para dentro do ventre, a musculatura abdominal contraida dá sustentação auxiliar á coluna ajudando a protejê-la.

Existem shimies devem ser executados com os pés totalmente apoiados ao chão.

O movimento deve concentrar-se nos quadris, nas articulações coxo-femurais. As pernas fazem dão apoio ao movimento, os abdominais trabalham, a musculatura posterior das costas também. O importante é dissociamos" o tronco da pélvis , e deixamos a lombar "relaxada", assim as articulações coxo-femurais ficam liberadas.

È muito importante que as bailarinas (ou dançarinas como queiram) conheçam os rítmos que montam o solo de derbake, os músicos antigos mantinham a tradição de repetirem a mesma frase músical tocada por no mínimo 3 ou 4 vezes, assim ele desfiava a bailarina a executar a tradução do som em seu corpo com rítimos cada vez mais complexos. Os solos eram feitos sempre de improviso como um desfio entre músico e bailarina. A influência ocidental introduziu na dança do Ventre a criação coreográfica o que vem cada vez mais dimunuindo estes espetáculos de desafio entre bailarinas e músicos na sua dança.


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