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21 de outubro de 2011

guedra

Originário das tribos Tuaregs do Maghreeb, o Guedra está presente desde a Mauritânia, Marrocos até a Argélia. 

    Os Tuaregs são pertencentes ao grupo étnico dos Berberes, a palavra Tuareg é utilizada para distingui-los dos demais, pois toda as suas vestimentas são azuis. O povo azul, para quem não sabe, forma os primeiros produtores do pigmento azul utilizado no tingimento do jeans, o azul indigo provém desse povo que não se autodenomina Tuareg, mas  "Kel Tagilmus" o povo do véu (fonte de informação Morocco).

    Como são Bérberes carregam costumes e tradições muito antigos de tempos pré-islâmicos, entre eles, a liberdade feminina principalmente quando se refere à sexualidade, o respeito aos elementos da natureza.
O povo Berbere sofre discriminação pelos árabes do norte da África.

Significado da palavra Guedra
A palavra Guedra significa "pote" devido ao seu único instrumento musical, um tambor feito de barro, pedra ou metal (geralmente uma panela improvisada) coberta por pele de cabra. O tambor Guedra é responsável por conduzir os dançarinos durante o ritual.
Diferente do Zaar egípcio em que acontece uma espécie de exorcismo, o Guedra é executado para abençoar os amigos, as visitas, os casamentos e os recém-nascidos.

Significado da Dança
    A dançarina Morocco, em um artigo, nos explica o  possível significado do Guedra, aliá muito bonito. O tambor ao mesmo tempo pote de cerâmica utilizado na culinária tuareg, representa o corpo humano feito de barro e coberto por pele, o som produzido por ele representa as batidas do coração, fonte indispensável para a vida. Esse significado se repete em outros rituais do Oriente, não é novidade, mas continua sendo poético. Alguns chegam a afirmar que o som do tambor atrai os amigos de longe.

O ritual dançado



 

    Num artigo de Karol Harding,  versão de 1996 (encontrei ontem no meu acervo) 



por sua vez baseado nas descrições da bailarina Morocco a respeito da vida dos Tuaregs a dança Guedra possui as seguintes características:

O ritmo Guedra

  Executado com apenas um instrumento o ritualo do Guedra depende do canto e das palmas.

A base rítmica  : Duh Dah m Duh Dah/ Dun Dah m Duh Dah.
As palmas são alternadas entre o grupo, uma parte bate 1 e a outra bate 2.


   Normalmente é um ritual noturno, realizado à luz da lua e ao redor do fogo, não impede de atualmente você assistir um show especial para turistas, em plena luz do meio dia (são as condições de dessacralização que a vida contemporânea nos reserva).

  O ritual tem início com uma mulher, coberta por um véu preto (Haik), representando a escuridão do caos. As mãos se direcionam aos pontos cardeais, mimetizando os quatro elementos (fogo, terra, ar e água) e o tempo (passado, presente e futuro). 

   Aos poucos ela vai acompanhando o ritmo com o corpo, mostrando a ordem cósmica necessária para a criação do Universo e suas criaturas. Os gestos das mãos simbolizam, a beleza, o amor entre os elementos, o drama, a tristeza.

Significado básico das mãos:

mãos ao alto - paraíso
mãos para baixo - terra
ondulações do pulso para baixo - águas
quando para trás - passado
nas laterais - presente
para frente - o futuro





O grupo acelera as batidas do tambor e das palmas motivando a dançarina a cair no transe, quando isso acontece ela cai ao chão e outra dá início a dança.A queda corresponde a um transe e não a uma coreografia programada, assim como no Zaar e aqui segue um comentário crítico, é muito estranho assistir a performances em que as bailarinas não tiveram uma contextualização e caem porque devem cair. Para o professor que irá transmitir a interpretação do ritual do Zaar é importante repassar a queda como um desfalecimento que antecede a incorporação.


O Traje
  A túnica azul é feita à maneira romana, dois tecidos presos nos ombros por fivelas, pode-se dançar com um longo kaftan e nunca utilizar a vestimenta de Dança do Ventre estilo Cabaret, pois, as músicas são religiosas e com temas muçulmanos.

   Os cabelos são trançados com búzios e enfeites comuns às mulheres Tuaregs, enquanto que os adornos de metal fundido, são bem rústicos e misturam pedras, âmbar e corais. As mulheres Tuaregs tatuam as mãos com henna, pintam os olhos com Kohl e decoram o rosto com tinta vermelha e amarela.
Dança ritual típica dos nômades do Deserto do Saara, aparecendo também na Mauritânia, Marrocos e Egito. Também é conhecida como a Dança da Benção dos Touaregs. É uma dança de transe, de origem religiosa, que tem por finalidade trazer satisfação e alegria plena àqueles que a praticam e/ou a assistem.
Sua base é simples, onde a bailarina executa movimentos com as mãos, para as quatro direções (Norte, Sul, Leste e Oeste), para quatro elementos (céu - acima, terra - abaixo, ar - para trás e água - para baixo) ou simbolizando o tempo (passado - para trás, presente - para o lado e futuro - para frente). Outro movimento básico seria a benção oriental, onde toca-se o estômago, o coração e a cabeça, emanando a energia da dança ao público. Para recuperar a energia dispensada, a dançarina toca-se na direção do ombro, trazendo a vibração da platéia para si.
Inicia-se com o rosto coberto por um véu, que pode ser abandonado no decorrer da dança. Em certo momento, a dançarina começa um balanço de cabeça, para frente e para trás, geralmente brusco, fazendo voar suas tranças. Com grande freqüência, encerra-se a dança no chão.
A roupa típica para dançar a Guedra é o Caftan, acompanhado do Haik, espécie de manto preso à frente do corpo por alfinetes e correntes. Acompanha adornos de cabeça e tranças (reais ou postiças).
A musica usada são cânticos muçulmanos, que podem durar até horas.





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O QUE É DRT?

DRTé um registro profissional tirado na delegacia regional do trabalho.
é errado dizer:"quero (ou tenho)drt!, pois na verdade você quer(ou tem)um registro profissional.
ter um DRT,como é dito no meio artístico,significa que o profissional está registrado na delegacia regional do trabalho.
por que preciso do DRT?
existe uma lei 6.533 criada em 1978,que regulamenta as profissionais serem contratadas como profissionais em trabalhos de TV,cinema,teatro ou publicidade é necessário ter o drt.
é preciso ir até um sated para retirar seu drt.

shimies

Segredos e Dicas sobre Shimies

SHIMIES, SHIMI OU SHIMMYS

“... Mas ela também conhece a doçura da corda com a qual está atando-o a seus pequenos e delicados dedos... então chega a hora do ÚNICO PASSO DE DANÇA QUE É VERDADEIRO E TRADICIONAL, CONHECIDO POR TODAS AS MULHERES EGÍPCIAS, O BALANÇO DOS QUADRIS E o casamento se incendeia em um fogo bem-aventurado. Nesta parte, os músicos tocam uma canção saudosa do folclore egípcio, o som dos Mizmar... Isto soa como acentos...”

Citação do Artigo de Hossam Ranzi para a Habibi Magazine.

Contou-me uma aluna, que em uma de suas viagens ao Marrocos, durante um passeio turístico com um grupo nômade magreb, o deserto a surpreendeu pela gama de cores camaleonicas durante a marcha da caravana.

Quando chegaram a noite ao acampamento, o Céu parecia não ter divisão com a terra, era como se as estrelas, caíssem como chuva sobre as cabeças extasiadas dos turístas. Quando todos estavam maravilhados com o espetáculo da natureza, ouviu-se o som dos tambores aquecidos nas fogueiras. Derbakes, dufs e tars, começaram a tocar seus sons ancestrais ecoando forte pelas areias.

Minha aluna, casada com um árabe, sentiu o chamado da dança em seu corpo. Dizia-me: _meus músculos pulsavam sozinhos, como se animados por uma força que me invadia. Infelizmente, tive que conter toda aquela explosão de sensações e não pude dançar, envergonharia meu marido desonrando-o perante seu povo.

Se reconheçe a qualidade da dança de uma bailarina pela reação do seu corpo ao som de um derbake.

Ouvindo e vendo um músico tocar o derbake, é que se aprende de verdade os movimentos dos Shimies que são comprovadamente o ÚNICO PASSO DE DANÇA reconhecido como o mais TRADICIONAL e ancestral da dança do ventre, executado ainda hoje com maestria pelas MULHERES EGÍPCIAS famosas por seus quadris soltos e vibrantes na dança.

Já ouvi de muitos árabes quando umabailarina apresentava um belo solo de Derbake: _ com certeza aprendeu com uma egípcia, não¿ Mal sabem nossos queridos árabes, qua as brasileiras trazem em sua alma todos os povos da terra e que nossos quadris todas as sabedorias femininas ancestrais.

DICAS E SEGREDOS DOS SHIMIES

A antigas bailarinas orientais, faziam cinturões com pequenos saquinhos de areia pendurados ao quadril, para que estes, através do peso, deixassem seus quadris alongados e soltos.

Ter quadril largo ou pesado, faclita o aprendizado dos shimies, o mais importante é a noção rítmica. Mas as bailarinas com quadris estreitos, não tem nenhum problema em executálos maravilhosamente.

O linhamento o alinhamento correto do corpo é ums dos grandes segredos das grandes bailarias. Movimentos de lateralidade também devem ser treinados.

É errado a aluna fazer o tremido como forçando demasiadamente os joelhos ou batendo os calcanhares".

O movimento errado traz consequências muito sérias: a bailarina poderá apresentar problemas nos joelhos, na articulação coxo-femural (onde os quadris, ou onde o fêmur se "encaixa" na bacia ) e na lombar.

A maneira mais segura não é nenhuma dessas. Os joelhos devem permanecer suavemente "dobrados" e o umbigo levemente projetado para dentro do ventre, a musculatura abdominal contraida dá sustentação auxiliar á coluna ajudando a protejê-la.

Existem shimies devem ser executados com os pés totalmente apoiados ao chão.

O movimento deve concentrar-se nos quadris, nas articulações coxo-femurais. As pernas fazem dão apoio ao movimento, os abdominais trabalham, a musculatura posterior das costas também. O importante é dissociamos" o tronco da pélvis , e deixamos a lombar "relaxada", assim as articulações coxo-femurais ficam liberadas.

È muito importante que as bailarinas (ou dançarinas como queiram) conheçam os rítmos que montam o solo de derbake, os músicos antigos mantinham a tradição de repetirem a mesma frase músical tocada por no mínimo 3 ou 4 vezes, assim ele desfiava a bailarina a executar a tradução do som em seu corpo com rítimos cada vez mais complexos. Os solos eram feitos sempre de improviso como um desfio entre músico e bailarina. A influência ocidental introduziu na dança do Ventre a criação coreográfica o que vem cada vez mais dimunuindo estes espetáculos de desafio entre bailarinas e músicos na sua dança.


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