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12 de agosto de 2012

dança classica



De todas as músicas árabes disponíveis para nossa criatividade na dança, a música clássica é aquela que "não basta ser um rostinho bonito" para dançar. Se preparar para dançar uma música clássica é sobretudo estudar!! Sabe toda a nossa preocupação em passar ritmos, instrumentos musicais, dicas de professoras? Você pode usar estas dicas para uma outra finalidade, mas todas elas são necessárias para se dançar corretamente uma música clássica. As clássicas necessitam de ouvido atento (e afiado), conhecimento da sua estrutura, dos seus pormenores: hora de deslocar, de parar, de usar o véu e de soltá-lo, hora para tremer, para ondular, para pular, etc. A criatividade fica para os inúmeros passos que podemos explorar em cada momento, mas não para reinventar uma nova forma de interpretar os momentos da música.

Mas meninas, não pensem que isso é ditadura cruel das dançarinas do ventre, de um grupinho que está no topo. Não podemos sambar no frevo, não é? Ou dançar valsa no tango! Esta é a estrutura formada para que as dançarinas leiam todos os instrumentos da música, a função da dançarina é justamente expor essa harmonia entre melodia e percussão em 3D (como diria Hossam Ramzy). Para isso, vamos explicar por tópicos basicamente o que temos que nos atentar:
  1. Introdução da música: NÃO DANCE!! Sequer apareça em frente ao público (já vi bailarinas paradas como estátuas com a mão na cintura ainda, que horror!). Esta é a apresentação da banda, por mais que ela não esteja ali fisicamente, esse momento não foi feito para a dança, mesmo que você ache lindo de morrer.
  2. Chamada da Bailarina: Ela pode ser longa ou só um floreio rápido. Fique atenta, uma variação da melodia de introdução é a chamada da dançarina. Geralmente ela vem após a percussão iniciar o ritmo da entrada.
  3. Entrada: Nesse momento, o ritmo inicia puro, sem melodia, quando a melodia entra junto com ritmo, é a hora de entrar com deslocamentos ou andando (se o ritmo for o Vox, por exemplo). Mas caso você não conheça a música e não queira sair esbaforida, conte até 4 e entre no 5. É meu segredo: eu conto!hehe. A música árabe tem 2, 4 ou 8 tempos, normalmente, ou seja, ela "vira" após essa contagem, o que marca um novo momento da música. Comigo até hoje deu certo!
  4. Baladi: Chamo de baladi, mas pode ser um saidi sem mizmar (cornetinha). Esse é o momento para parar de deslocar, e marcar com um básico egípcio. Só posso fazer básico egípcio? Bem, ele é o sinal que você reconheceu o ritmo, e num concurso ou numa prova isso é fundamental. Essa é a hora de largar o véu, se estiver com ele na entrada.
  5. Variação: Bem, a partir de agora a música vai variar não necessariamente na mesma ordem. Podemos ter um Taqsim (quanoun sempre se treme, alaúde se for dedilhado; instrumentos de sopro se ondula, com exceção do mizmar); um folclore (said com mizmar é Saidi! Pule, faça gracejos; soudi se dança khaleege; ayoub puro - sem melodia, só percussão - é zaar, baixe um santo) ou podemos ter um ritmo de deslocamento (malfuf, vox, ayoub, masmoudi "caminhando" com 3 DUM) acompanhando a melodia alternando entre um momento e outro da música.
  6. Finalização: A melodia da introdução vai se repetir, podendo vir mais acelerada. É hora de girar - perto do final - e montar a sua pose de diva.
Isso aí é um "basicão" que geralmente se aplica à maioria das músicas. Existem músicas como Shirin, por exemplo, que a entrada só termina no minuto 2:40, aproximadamente, mas existem várias variações ainda dentro da entrada! Para essas "pegadinhas" é preciso ouvir as músicas, quase memorizá-las, hehehe, especialmente se for do seu interesse se formar para dar aulas ou fazer concursos. Essas coisas a gente aprende perguntando, lendo, fazendo workshops, por isso é fundamental procurar se informar. Já vi muitas professoras "assassinando" músicas clássicas, coisa de dar dó. A aluna que está ali geralmente como "receptora", não consegue perceber que está aprendendo errado, aí vai lá pular no saidi, e só! Não lê os instrumentos melódicos, que nos indicam como variar nossos movimentos, nada de ficar na percussão, ela só indica se é para andarmos ou ficarmos paradas; entra na apresentação da banda, ignora os folclores"desconhecidos". Estudar é necessário, vamos nos empenhar para trazer técnica e qualidade à dança do ventre.


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O QUE É DRT?

DRTé um registro profissional tirado na delegacia regional do trabalho.
é errado dizer:"quero (ou tenho)drt!, pois na verdade você quer(ou tem)um registro profissional.
ter um DRT,como é dito no meio artístico,significa que o profissional está registrado na delegacia regional do trabalho.
por que preciso do DRT?
existe uma lei 6.533 criada em 1978,que regulamenta as profissionais serem contratadas como profissionais em trabalhos de TV,cinema,teatro ou publicidade é necessário ter o drt.
é preciso ir até um sated para retirar seu drt.

shimies

Segredos e Dicas sobre Shimies

SHIMIES, SHIMI OU SHIMMYS

“... Mas ela também conhece a doçura da corda com a qual está atando-o a seus pequenos e delicados dedos... então chega a hora do ÚNICO PASSO DE DANÇA QUE É VERDADEIRO E TRADICIONAL, CONHECIDO POR TODAS AS MULHERES EGÍPCIAS, O BALANÇO DOS QUADRIS E o casamento se incendeia em um fogo bem-aventurado. Nesta parte, os músicos tocam uma canção saudosa do folclore egípcio, o som dos Mizmar... Isto soa como acentos...”

Citação do Artigo de Hossam Ranzi para a Habibi Magazine.

Contou-me uma aluna, que em uma de suas viagens ao Marrocos, durante um passeio turístico com um grupo nômade magreb, o deserto a surpreendeu pela gama de cores camaleonicas durante a marcha da caravana.

Quando chegaram a noite ao acampamento, o Céu parecia não ter divisão com a terra, era como se as estrelas, caíssem como chuva sobre as cabeças extasiadas dos turístas. Quando todos estavam maravilhados com o espetáculo da natureza, ouviu-se o som dos tambores aquecidos nas fogueiras. Derbakes, dufs e tars, começaram a tocar seus sons ancestrais ecoando forte pelas areias.

Minha aluna, casada com um árabe, sentiu o chamado da dança em seu corpo. Dizia-me: _meus músculos pulsavam sozinhos, como se animados por uma força que me invadia. Infelizmente, tive que conter toda aquela explosão de sensações e não pude dançar, envergonharia meu marido desonrando-o perante seu povo.

Se reconheçe a qualidade da dança de uma bailarina pela reação do seu corpo ao som de um derbake.

Ouvindo e vendo um músico tocar o derbake, é que se aprende de verdade os movimentos dos Shimies que são comprovadamente o ÚNICO PASSO DE DANÇA reconhecido como o mais TRADICIONAL e ancestral da dança do ventre, executado ainda hoje com maestria pelas MULHERES EGÍPCIAS famosas por seus quadris soltos e vibrantes na dança.

Já ouvi de muitos árabes quando umabailarina apresentava um belo solo de Derbake: _ com certeza aprendeu com uma egípcia, não¿ Mal sabem nossos queridos árabes, qua as brasileiras trazem em sua alma todos os povos da terra e que nossos quadris todas as sabedorias femininas ancestrais.

DICAS E SEGREDOS DOS SHIMIES

A antigas bailarinas orientais, faziam cinturões com pequenos saquinhos de areia pendurados ao quadril, para que estes, através do peso, deixassem seus quadris alongados e soltos.

Ter quadril largo ou pesado, faclita o aprendizado dos shimies, o mais importante é a noção rítmica. Mas as bailarinas com quadris estreitos, não tem nenhum problema em executálos maravilhosamente.

O linhamento o alinhamento correto do corpo é ums dos grandes segredos das grandes bailarias. Movimentos de lateralidade também devem ser treinados.

É errado a aluna fazer o tremido como forçando demasiadamente os joelhos ou batendo os calcanhares".

O movimento errado traz consequências muito sérias: a bailarina poderá apresentar problemas nos joelhos, na articulação coxo-femural (onde os quadris, ou onde o fêmur se "encaixa" na bacia ) e na lombar.

A maneira mais segura não é nenhuma dessas. Os joelhos devem permanecer suavemente "dobrados" e o umbigo levemente projetado para dentro do ventre, a musculatura abdominal contraida dá sustentação auxiliar á coluna ajudando a protejê-la.

Existem shimies devem ser executados com os pés totalmente apoiados ao chão.

O movimento deve concentrar-se nos quadris, nas articulações coxo-femurais. As pernas fazem dão apoio ao movimento, os abdominais trabalham, a musculatura posterior das costas também. O importante é dissociamos" o tronco da pélvis , e deixamos a lombar "relaxada", assim as articulações coxo-femurais ficam liberadas.

È muito importante que as bailarinas (ou dançarinas como queiram) conheçam os rítmos que montam o solo de derbake, os músicos antigos mantinham a tradição de repetirem a mesma frase músical tocada por no mínimo 3 ou 4 vezes, assim ele desfiava a bailarina a executar a tradução do som em seu corpo com rítimos cada vez mais complexos. Os solos eram feitos sempre de improviso como um desfio entre músico e bailarina. A influência ocidental introduziu na dança do Ventre a criação coreográfica o que vem cada vez mais dimunuindo estes espetáculos de desafio entre bailarinas e músicos na sua dança.


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