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27 de abril de 2011

Badia Masabni

 



Ela foi a Mãe-de-todas-Belly-Dancers-da-Era-de-Ouroooo!!!E pode-se dizer que graças a ela , temos a Dança de hoje !
Badia nasceu no Líbano , em 1893, certa vez, li que aos 7 anos ela foi vitima de abuso sexual, o culpado foi preso, mas logo estava circulando novamente, sua familia com muita vergonha (!!??) se mudou para Argentina, onde ela viveu até sua adolescência.
Depois, voltou para o Líbano e em 1914, Badia trabalhou com Madame Jeanette - uma mulher francesa que empregava artistas europeus para entreter a High Society libanesa. Badia convenceu Madam Jeanette a deixa-la cantar (em árabe) e dançar. Sua estréia foi em 14 de setembro de 1914, Badia estava acompanhada de duas austríacas que tocavam oud e qanoon. A performance de Badia foi com uma musica folclorica Siria (ela cantou, dançou e tocou snujs tudo ao mesmo tempo !!). Em 1921, era a estrela do estúdio do diretor Nagib El Righany (que tornou-se seu marido).
Alguns anos depois, ela inaugurou no Cairo, o primeiro "Music Hall" em 1926, também conhecido como Casino Badia ou também Cabaré da Madame Badia. Lá se apresentavam diversos tipos de artistas (cantores, dançarinos, comediantes e até magicos). O Casino era frequentado pela High Society do Egito e celebridades estrangeiras.
Em 1937, ela investiu muito dinheiro em um projeto de um filme, mas perdeu tudo, declarou falência e deixou o Cairo - nessa época, foi com sua troupe fazer um tour Egito afora. Nessa troupe estava ninguem menos que Tahia Carioca (muito jovem ainda). Já refeita de sua falência, Badia conseguiu dinheiro para seu grandioso projeto: um nightclub com cinema, teatro, restaurante, café e american Bar. Era o Casino Opera!! Foi inaugurado em 1940, sucesso absoluto!
Durante a Segunda Guerra, as ruas do cairo estavam repletas de soldados ingleses e franceses que obviamente iam se divertir no Casino Opera (que teve sua programação alterada para entreter os soldados). Teve até uma performance que parodiava Hitler (graças a essa paródia, o nome de Madame Badia foi parar na lista negra do Sr. Hitler, e ela seria executada junto com outros desafetos egípcios... ) mas, como a Alemanha não invadiu o Cairo...

A indústria cinematográfica do Egito estava produzindo musicais loucamente, e era grande a demanda de cantores, dançarinas...
Muitas cenas de filmes eram rodadas no Casino Opera, e consequentemente muitos talentos foram descobertos lá!
Estrelas da Era De Ouro da dança brilharam no palco do Casino de Badia: Tahia Carioca, Naima Akef, Samia Gamal... incluindo grandes nomes da música como Farid El Atrash e Mohamad Abdul Wahab
.


(A Troupe de Badia)


Inovações de Madame Badia
Ela incorporou à sua orquestra, músicos com formação clássica. Além da percussão, incluía violinos, cello, alaúde e acordeon.
O taqsim ou improvisação musical, alteravam o ritmo contínuo da batida do maqsoum ou do baladi. Era feito sobre o ritmo chamado de chiftetelli ou al wahda attawilla ou masmoudi, uma batida lenta do ritmo baladi. O ritmo chiftetelli não é tipicamente egípcio, mas oriental.
Influenciou as bailarinas com relação aos braços (sim... aquela posição báaaaasica na altura do peito....).
Foi a pioneira na utilização de coreografias, e sabia utilizar muito bem o espaço.
Criou um novo estilo de dança (que passou a ser chamada de Raqs El Sharqi), contratou coreografos ocidentais como Isaac Dixon, Robbie Robinson e Christo.
As roupas de duas peças surgiram nessa época, inspiradas nos filmes de Hollywood e em nightclubs europeus, como o Moulin Rouge.


Os anos se passaram, muito sucesso, glamour, danças... mas... certa noite, Madame Badia conseguiu um passaporte falso e seguiu para sua terra Natal - Líbano- , pois devia muitos impostos ao governo egípcio. Morreu em 1975 (devia ter uns 92 anos...), dizem que ela suicidou-se, pois não suportou perder tudo.

Tudo que conhecemos hoje de dança, devemos a Badia Masabni, as roupas, o estilo, e atá as músicas maravilhosas. Foi uma época incrível, que infelizmente não pudemos viver, e não volta mais...

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O QUE É DRT?

DRTé um registro profissional tirado na delegacia regional do trabalho.
é errado dizer:"quero (ou tenho)drt!, pois na verdade você quer(ou tem)um registro profissional.
ter um DRT,como é dito no meio artístico,significa que o profissional está registrado na delegacia regional do trabalho.
por que preciso do DRT?
existe uma lei 6.533 criada em 1978,que regulamenta as profissionais serem contratadas como profissionais em trabalhos de TV,cinema,teatro ou publicidade é necessário ter o drt.
é preciso ir até um sated para retirar seu drt.

shimies

Segredos e Dicas sobre Shimies

SHIMIES, SHIMI OU SHIMMYS

“... Mas ela também conhece a doçura da corda com a qual está atando-o a seus pequenos e delicados dedos... então chega a hora do ÚNICO PASSO DE DANÇA QUE É VERDADEIRO E TRADICIONAL, CONHECIDO POR TODAS AS MULHERES EGÍPCIAS, O BALANÇO DOS QUADRIS E o casamento se incendeia em um fogo bem-aventurado. Nesta parte, os músicos tocam uma canção saudosa do folclore egípcio, o som dos Mizmar... Isto soa como acentos...”

Citação do Artigo de Hossam Ranzi para a Habibi Magazine.

Contou-me uma aluna, que em uma de suas viagens ao Marrocos, durante um passeio turístico com um grupo nômade magreb, o deserto a surpreendeu pela gama de cores camaleonicas durante a marcha da caravana.

Quando chegaram a noite ao acampamento, o Céu parecia não ter divisão com a terra, era como se as estrelas, caíssem como chuva sobre as cabeças extasiadas dos turístas. Quando todos estavam maravilhados com o espetáculo da natureza, ouviu-se o som dos tambores aquecidos nas fogueiras. Derbakes, dufs e tars, começaram a tocar seus sons ancestrais ecoando forte pelas areias.

Minha aluna, casada com um árabe, sentiu o chamado da dança em seu corpo. Dizia-me: _meus músculos pulsavam sozinhos, como se animados por uma força que me invadia. Infelizmente, tive que conter toda aquela explosão de sensações e não pude dançar, envergonharia meu marido desonrando-o perante seu povo.

Se reconheçe a qualidade da dança de uma bailarina pela reação do seu corpo ao som de um derbake.

Ouvindo e vendo um músico tocar o derbake, é que se aprende de verdade os movimentos dos Shimies que são comprovadamente o ÚNICO PASSO DE DANÇA reconhecido como o mais TRADICIONAL e ancestral da dança do ventre, executado ainda hoje com maestria pelas MULHERES EGÍPCIAS famosas por seus quadris soltos e vibrantes na dança.

Já ouvi de muitos árabes quando umabailarina apresentava um belo solo de Derbake: _ com certeza aprendeu com uma egípcia, não¿ Mal sabem nossos queridos árabes, qua as brasileiras trazem em sua alma todos os povos da terra e que nossos quadris todas as sabedorias femininas ancestrais.

DICAS E SEGREDOS DOS SHIMIES

A antigas bailarinas orientais, faziam cinturões com pequenos saquinhos de areia pendurados ao quadril, para que estes, através do peso, deixassem seus quadris alongados e soltos.

Ter quadril largo ou pesado, faclita o aprendizado dos shimies, o mais importante é a noção rítmica. Mas as bailarinas com quadris estreitos, não tem nenhum problema em executálos maravilhosamente.

O linhamento o alinhamento correto do corpo é ums dos grandes segredos das grandes bailarias. Movimentos de lateralidade também devem ser treinados.

É errado a aluna fazer o tremido como forçando demasiadamente os joelhos ou batendo os calcanhares".

O movimento errado traz consequências muito sérias: a bailarina poderá apresentar problemas nos joelhos, na articulação coxo-femural (onde os quadris, ou onde o fêmur se "encaixa" na bacia ) e na lombar.

A maneira mais segura não é nenhuma dessas. Os joelhos devem permanecer suavemente "dobrados" e o umbigo levemente projetado para dentro do ventre, a musculatura abdominal contraida dá sustentação auxiliar á coluna ajudando a protejê-la.

Existem shimies devem ser executados com os pés totalmente apoiados ao chão.

O movimento deve concentrar-se nos quadris, nas articulações coxo-femurais. As pernas fazem dão apoio ao movimento, os abdominais trabalham, a musculatura posterior das costas também. O importante é dissociamos" o tronco da pélvis , e deixamos a lombar "relaxada", assim as articulações coxo-femurais ficam liberadas.

È muito importante que as bailarinas (ou dançarinas como queiram) conheçam os rítmos que montam o solo de derbake, os músicos antigos mantinham a tradição de repetirem a mesma frase músical tocada por no mínimo 3 ou 4 vezes, assim ele desfiava a bailarina a executar a tradução do som em seu corpo com rítimos cada vez mais complexos. Os solos eram feitos sempre de improviso como um desfio entre músico e bailarina. A influência ocidental introduziu na dança do Ventre a criação coreográfica o que vem cada vez mais dimunuindo estes espetáculos de desafio entre bailarinas e músicos na sua dança.


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